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Mas o amor do ouro está na raíz de todos os males e não na procura da solução para estes mesmo males. Os olhos de muitos ficaram fixos nos pedidos formulados ao Grande Irmão e na esperança de que o Líder da Revolução Africana venha a resolver os problemas da comunidade africana em Portugal, como se fosse panaceia final. Esquecem-se de que (a) a esperança não é nem nunca foi estratégia, (b) de que não devem ser os outros a fazer as nossas lutas (as ajudas são e sempre serão bemvindas) e (c) quem não luta por si não luta por ninguém...
O Grande Irmão líbio, poderá até dar um pão ou uma tonelada de pães, ou uma padaria a comunidade - mas de que servirá isso se faltam diáconos fiéis, padeiros e gestores capazes? Pois é...
O problema é que a mediocridade ao quadrado que grassa entre a comunidade africana em Portugal é (confirmei agora) muito maior do que eu pensava e tende a - em analogia com a Lei de Gresham - afastar quem é capaz e quer fazer algo pela comunidade. É tão grave que se chega a confundir incapacidade e incompetência com desonestidade. Quase que me sinto inclinado a ceder à lógica do juízo de que as pessoas têm o que merecem; mas não! Sei que é uma questão de nível de consciência...
O discurso Muammar Al Qadhafi na «Tenda» no Forte da Barra em Oeiras merece ser escutado com atenção - e com uma tradução revista - e ser objecto de reflexão cuidada. É que não só de pão vive o homem, mas também de reflexão esclarecedora - seja qual for. O resultado será, sempre, o de uma pessoa mais esclarecidade e consciente, necessariamente.
- Represtino aqui o texto infra publicado em ano pretérito no Liberal - a propósito do Dia de África. Pode ser que tenha alguma utilidade, pode ser...
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