segunda-feira, 17 de outubro de 2011

  • FIDELIDADE

Ontem caí na memória do perfume
da minha amada.
Era um sonho vertical, de luz
e de gemidos instruídos aos Nefilins.
Lá longe, a amada do poeta lava a alma
enquanto a noite escura fica grávida de sonhos,
de sonhos de luz,
sonhos de quem já não vê a natureza
das estrelas
e só vê o buraco negro,
a filha do Kaos que nos consumirá
a essência, amanhã.
E é por isso que me coloco no altar
– hoje que é toda a eternidade –
da minha amada longínqua, a quilómetros
de desejos.
Como não sou cordeiro, e estudo dragonaria
oferto o que tenho de divino:
a minha fidelidade.
------ Virgílio Brandão
17-10-2011

1 comentário:

Anónimo disse...

Cometeu um erro grave no seu artigo sobre o prémio Mo dado a Pedro Pires.
Nao sao 5 milhoes por ano, mas 5 milhoes divididos por 10 anos. Fazendo as contas sao 500 mil por ano...