MIL QUILÓMETROS DE LUZ
Tua alma em rosto
são mil Vénus de Milo
quando Zeus gritava mel de prazer
e exorbitava o cinzelo
teu ventre tábuo sem o nosso fruto.
Escuto o meu poeta a ardosiar:
«Calígula não amou Drusilla, não!
Nem Tarquínio, soberbo,
o seu ventre mater; digo
eu que sei que Romeu
não se equivocou nas horas pardas
de Veneza sem carnaval
– meus pensamentos e sonho de sonhos
subtraiu de Deus nas palavras que confessei
ao meu acordar sem ti.
Agora que tudo és tu
tenho uma eternidade de sonhos
a parir quilómetros de luz e de tudo.»
Ah, eu queria mil vozes
e apresento-te um espelho milenar
nas costas da ilha.
Virgílio Rodrigues Brandão
e apresento-te um espelho milenar
nas costas da ilha.
Virgílio Rodrigues Brandão
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Publicada por Virgilio Brandao à(s) 2:34:00 da manhã
Etiquetas: cultura, my poetry, narcisismos
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