sábado, 17 de setembro de 2011

  • O MESTRE DO POETA

O poeta, tendo gasto o crédito da juventude,
olhou para o mais importante
e disse ao seu amado Mestre:
«— Invejo o que já não tenho,
e sonho com o que já tive e curei
como barro; e era eu o Oleiro.
Cheguei a pessoa, mas não cheguei
para mais; bastava ser Deus...
sim, bastava-me ser Deus
e não cheguei a tempo de matar
o ouro
e a inveja de ti.»

E o seu amado Mestre
que havia percorrido o mesmo caminho,
olhava para ele,
para o mar de terra-longe,
petrificado numa estátua de ouro.
--- Virgílio Brandão

1 comentário:

Anónimo disse...

Li por estas paragens on-line que o seu "amigo" Presidente abandonou o seu posto de trabalho para ir ver futebol em Barcelona.
E o mais grave é que não soube ser convincente nesta entrevista aqui:

http://www.portugues.rfi.fr/africa/20110916-jorge-carlos-fonseca

Você que é estudioso dessas coisas constitucionalistas o que diz das perguntas do jornalista sobre prerrogativas deste e daquele e sobre a constituição?!