domingo, 4 de setembro de 2011

  • SETEMBRO

O vento do verão, a noite...
esmagam-nos.
Dás-me a tua mão
e seguimos pelo deserto da beleza,
pela memória da terra...
Que belo irmão-semente de mim!
Que malhas de filho saudoso
trago dentro de mim...
enquanto morro com o despontar
de Setembro e escuto o meu Céu,
o que será o meu nocturno:
«Ó Fortuna... Deus dos sonhos,
deserdador-mor que És dos pobres, diz-me:
Serei folha ou serei árvore?
Eu, gostaria de ser Amor...
sonho, harmonia, água da vida, tudo
o que é impossível.»
---- 01-09-2011
Virgílio Brandão

Imagem: Rómulo Royo

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