- DITADORES,IMORALIDADES PRESIDENCIAIS E DEMOCRACIA (1)
As instituições e muitos cidadãos preocupam-se com a Guiné Equatorial, mas não se preocupam com outros países… A UNESCO é financiada por quem? Recusa dinheiro de quem viola os direitos humanos? Não, recebe-o e usa-o! Os únicos violadores de direitos humanos perseguidos, ao que parece, são os africanos ou aqueles que não poderosos o bastante para ditar determinadas agendas.
Mas porque é que Pedro Pires não poderia receber o Presidente da Guiné Equatorial, Obiang Mbasogo, como receberá Cavaco Silva? Pedro Pires já foi, ele mesmo, chefe de Governo de um país sob um regime ditatorial de partido único, e nem por isso deixou de ser condecorado em 1986 pelo Estado Português. O mesmo aconteceu com Nino Vieira, da Guiné-Bissau. Um horror! Uma vergonha! E Portugal é um exemplo de transição para a democracia e de consolidação do modelo vigente de democracia tutelada pelos aristoi… Condecorar-se pessoas que pegaram em armas contra o Estado de que eram cidadãos e mataram seus concidadãos. Condecorados! Aceitar a condecoração do Estado contra a qual pegaram em armas é igualmente indecoroso e imoral! Será por isso que tal condecoração de 1986 não parece na biografia oficial de Pedro Pires no site da Presidência da República?
Como perguntava João Branco, blogueiro luso-cabo-verdiano, «Até que ponto a necessidade de diplomacia económica justifica que não se veja a quem se está a estender a mão?» Mas iremos ver, certamente, como vimos Pedro Pires receber – pela segunda vez, então como Chefe de Estado em 2001 – condecorações portuguesas, Cavaco Silva a apertar a mão e a receber (?) uma condecoração de um antigo cidadão português que se sublevou contra a sua pátria lusa e lutou contra ela. Um ex-guerrilheiro a condecorar o Chefe de Estado do país opressor... como o contrário já aconteceu.
Não é isso, sim, imoral? Só faltará Cavaco Silva estar em Cabo Verde pelas festas da Independência – como vai estar! – e receber um grau honorífico com o nome de Amílcar Cabral! Que cidadão português que sabe o que foi a guerra colonial (em rigor ius internacional conflito armado interno) aceitaria, sabendo-o, as condecorações de Pedro Pires em 1986 e 2001 e a de Nino Vieira – este, inclusive, executou cidadãos portugueses! – de ânimo leve? Deverá Cavaco Silva aceitar uma condecoração de Pedro Pires? A meu ver não! Seria uma afronta ao povo português, uma indignidade do ponto de vista da moral… E por esta razão, não o facto de receber o Presidente Obiang Mbasogo que me parece que a pergunta do blogueiro tem sentido e razão de ser. Os ditadores são todos iguais, os traidores da pátria… também! E a história não apaga estes factos, mesmo quando se considera, como eu considero!, que a luta da independência era legítima e que teria, eu mesmo, feito o mesmo se tivesse idade para tanto. A história deixa marcas de glória mas também impõe limites éticos e morais aos seus autores.
Talvez seja por isso que, olhando para as condecorações feitas a Pedro Pires, Aristides Pereira e António Mascarenhas Monteiro, e depois de as analisar se fiquei com a ideia bastante clara de que se faz uma distinção entre este último e os demais presidentes da República de Cabo Verde; dois destes presidentes escolheram o estrangeiro para viver, Portugal no caso de Aristides Pereira.
Vejo o entusiasmo com o desenvolvimento do Dubai, mas não vejo ninguém a gritar que o regime é um regime autoritário à luz dos valores da democracia e do Estado de Direito, e, muito menos, a denunciar essa grandeza contraída à custa de um exército de escravos do sub-continente indiano… do mesmo modo que se recebe dinheiro da China, o mais democrático de todos os Estados do Mundo! Será que nós, cabo-verdianos, deveríamos não andar nas estradas construídas com dinheiro chinês, não entrar nos bancos com capital líbio e de outros países memos democráticos ou não utilizar os equipamentos sociais financiados pelo Estado chinês e outros tidos como pouco recomendáveis em razão da escolha do seu sistema político.
Temos de ser consequentes nas críticas, e agir de acordo com elas! Não podemos apodar uns de ditadores e ignorar outros… e se o país está à venda, está há muito e pouco há para ser vendido. Nem terreno para instalar uma delegacia de Saúde o Governo tem no Mindelo! Vender o quê mais? Portugal tem o país economicamente tutelado, e por isso não me falem da Guiné equatorial; pois ela é observadora da CPLP e está na calha para entrar na Organização. E Cabo Verde só tem a ganhar com o apoio ao Estado guineense, e a comunidade internacional também. Sai o Presidente Obiang Mbasogo de Cabo Verde, com críticas acérrimas ao homem… e o herói de muitos, Lula da Silva, Presidente do Brasil, segue para a Guiné Equatorial; e bem faz, a bem do seu povo e dos interesses estratégicos do Brasil que quer chegar à grande Sala do Conselho de Segurança da ONU e apreciar de perto o quadro de Per Lasson Krohg.
Se calhar é CPLP que está em falha, por não ter uma norma análoga à Declaração de Copenhagen que condiciona a adesão dos países à União Europeia a existência de um Estado de Direito Democrático, que não é a mesma coisa que o Estado Democrático, e o efectivo respeito dos direitos humanos. E, é um facto histórico, foi esta declaração e a sua condição que ajudou a consolidar a democracia em Portugal, Espanha e Grécia. E, quer queiramos ou não, somos, pela língua portuguesa, irmanados com a Guiné Equatorial que tem o português como língua oficial, assim como Cabo Verde, Timor Leste e o Brasil o têm.
Não vale criticarmos as instituições nacionais pelas suas alianças estratégicas, pois são legítimas; como são legítimas as que Portugal tem com figuras conhecidas de Angola com fortunas colossais e que ninguém pergunta a sua origem… mesmo havendo uma lei que obriga a tanto! E lembro, por exemplo, que em plena crise por causa de Timor Leste e com um embargo à Indonésia, Portugal comprava petróleo indonésio e se podia comprar, em qualquer Centro Comercial de Lisboa, uns ténis da NIKE made in Indonésia.
A moral não é uma batata! E não devemos confundir a ética democrática com uma ditadura de dado sentido moral ou com uma ditadura ética. Uma coisa é o Estado, e outra é quem o detém em dado momento; e não fosse o pragmatismo político nacional há muito que não existíamos como nação e como Estado. O connatus essendi, o connatus essendi justifica tudo? A meu ver, não. Mas isso sou eu, eu…
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(1) Escrevi este texto há dias, mas como tive de passar a noite a redigir uma queixa crime (inusual e pouco desejado, mas absolutamente necesssário)… esqueci-me de o editar. Fica, aqui e agora.
8 comentários:
nao acha que essa gente que anda a comentar este seu artigo no liberal nao percebeu nada? como um texto pode suscitar comentarios que nao têm nada com o espirito do mesmo?
A isso se chama iliteracia. O que fazer?
A massificação do sistema de educação, em prejuízo da sua qualidade, deu nisso...
Abraço fraterno
Caro Dr. Virgilio Brandao
Desculpa invadir assim o seu espaço para o que vou fazer a seguir.
Não sei se conhece o caso de Gilson Alves, médico no Porto vítima de racismo? A noticia tem tido destaque nos online.
Tomo a liberdade de lhe enviar duas missivas racistas que os médicos trocaram entre si, com o firme propósito de prejudicar Gilson, por ser caboverdeano, africano, preto e ter entrado na especialidade mais concorida da medicina. Toda esta conspiração, não obstante ele ter terminado o curso com 18 valores e ser um excelente profissional, ou por isso mesmo.
Gostaria que desses um tramento de post a essas cartas para que fossem mais divulgadas e podermos pressionar e de alguma forma auxiliar esse compatriota nosso vítima de racismo: não obstante excelente técnico - ou poisso mesmo, repito.
Segue a primeira messiva:
“Porto, 2 de Janeiro de 2009
Exmo Sr,
Directos Clínico do Hospital de S. João
Dr. António Oliveira Silva
Assunto Reintegração do Dr. Gilson João dos Santos Alves
Após várias tentativas de contacto telefónico, tomei a liberdade de lhe escrever esta missiva, que lhe será entregue por alguém de confiança.
Como é do seu conhecimento, o Dr. Gilson Alves interrompeu o internato de cirurgia Torácia em Julho de 2008 por um período de 5 meses.
No dia de hoje, após o término de interrupção do internato, o Dr. Gilson regressou ao Serviço.
A minha posição é a de que o Dr Gilson deve ser readmitido no Serviço e proponho que sejam tomadas as seguintes medidas:
1. Como sabe o Dr. Gilson é Cabo-Verdiano. Embora tenha entrado para o internato com uma nota alta (18 valores), é evidente para mim que podemos estar a investir seis anos na sua formação, para depois o vermos sair para o seu país de origem. Na minha opinião, se concordar, deve ser feita uma selecção de internos, de modo a que internos africanos não façam o internato neste serviço de todo o país, sejam eles de Cirurgia Torácia ou não;
2. Desde o dia em que o Dr. Glson Alves foi admitido no Serviço que reparei que estava na presença de um individuo dotado e de um profissional com uma maturidade clínica invulgar, para o seu estágio de formação. Porém, também desde o primeiro dia estive convicto de que ele teria que ser removido o mais breve possível, o mais tardar no final do seu primeiro ano de internato, fosse através de não atribuição de aproveitamento para o primeiro ano, ou por sugestão directa ao próprio pelos profissionais de serviço. Esta prática, aliais, já foi posta em prática noutras ocasiões, com outros internos, com resultados positivos;
3. Soube, através de amigos e da consulta do seu processo clínico que o Dr. Gilson teve alguns problemas psicológicos enquanto aluno, situação que podemos aproveitar, quer para o dissuadir de insistir em ficar, quer para liquidar a sua credibilidade, se a sua insistência continuar no futuro;
4. Nesta fase tomei a liberdade de o impedir de entrar no Serviço. Decorre, porém, que essa situação carece de uma comunicação oficial do Hospital, o que pode ser conseguido, por exemplo, com o pedido de uma junta médica. Tal junta, preferencialmente, terá de ser feita por alguém da nossa confiança no hospital, que terá de o dar como inapto. Desta forma teremos dado o assunto por resolvido e teremos destruído a sua credibilidade:
Aguardo uma resposta da sua parte e sugestões para a resolução do problema.
Os melhores cumprimentos
Paulo Pinho
(Directos do Serviço de Cirurgia Cardio - Torácica, Hospital de S. João)”
O original pode ser consultado aqui:
http://grevedefomeemdirecto.blogspot.com/
Cesar Brutus
Caro Dr. Virgilio Brandao
Desculpa invadir assim o seu espaço para o que vou fazer a seguir.
Não sei se conhece o caso de Gilson Alves, médico no Porto vítima de racismo? A noticia tem tido destaque nos online.
Tomo a liberdade de lhe enviar duas missivas racistas que os médicos trocaram entre si, com o firme propósito de prejudicar Gilson, por ser caboverdeano, africano, preto e ter entrado na especialidade mais concorida da medicina. Toda esta conspiração, não obstante ele ter terminado o curso com 18 valores e ser um excelente profissional, ou por isso mesmo.
Gostaria que desses um tramento de post a essas cartas para que fossem mais divulgadas e podermos pressionar e de alguma forma auxiliar esse compatriota nosso vítima de racismo: não obstante excelente técnico - ou poisso mesmo, repito.
Segue a primeira messiva:
“Porto, 2 de Janeiro de 2009
Exmo Sr,
Directos Clínico do Hospital de S. João
Dr. António Oliveira Silva
Assunto Reintegração do Dr. Gilson João dos Santos Alves
Após várias tentativas de contacto telefónico, tomei a liberdade de lhe escrever esta missiva, que lhe será entregue por alguém de confiança.
Como é do seu conhecimento, o Dr. Gilson Alves interrompeu o internato de cirurgia Torácia em Julho de 2008 por um período de 5 meses.
No dia de hoje, após o término de interrupção do internato, o Dr. Gilson regressou ao Serviço.
A minha posição é a de que o Dr Gilson deve ser readmitido no Serviço e proponho que sejam tomadas as seguintes medidas:
1. Como sabe o Dr. Gilson é Cabo-Verdiano. Embora tenha entrado para o internato com uma nota alta (18 valores), é evidente para mim que podemos estar a investir seis anos na sua formação, para depois o vermos sair para o seu país de origem. Na minha opinião, se concordar, deve ser feita uma selecção de internos, de modo a que internos africanos não façam o internato neste serviço de todo o país, sejam eles de Cirurgia Torácia ou não;
2. Desde o dia em que o Dr. Glson Alves foi admitido no Serviço que reparei que estava na presença de um individuo dotado e de um profissional com uma maturidade clínica invulgar, para o seu estágio de formação. Porém, também desde o primeiro dia estive convicto de que ele teria que ser removido o mais breve possível, o mais tardar no final do seu primeiro ano de internato, fosse através de não atribuição de aproveitamento para o primeiro ano, ou por sugestão directa ao próprio pelos profissionais de serviço. Esta prática, aliais, já foi posta em prática noutras ocasiões, com outros internos, com resultados positivos;
3. Soube, através de amigos e da consulta do seu processo clínico que o Dr. Gilson teve alguns problemas psicológicos enquanto aluno, situação que podemos aproveitar, quer para o dissuadir de insistir em ficar, quer para liquidar a sua credibilidade, se a sua insistência continuar no futuro;
4. Nesta fase tomei a liberdade de o impedir de entrar no Serviço. Decorre, porém, que essa situação carece de uma comunicação oficial do Hospital, o que pode ser conseguido, por exemplo, com o pedido de uma junta médica. Tal junta, preferencialmente, terá de ser feita por alguém da nossa confiança no hospital, que terá de o dar como inapto. Desta forma teremos dado o assunto por resolvido e teremos destruído a sua credibilidade:
Aguardo uma resposta da sua parte e sugestões para a resolução do problema.
Os melhores cumprimentos
Paulo Pinho
(Directos do Serviço de Cirurgia Cardio - Torácica, Hospital de S. João)”
O original pode ser consultado aqui:
http://grevedefomeemdirecto.blogspot.com/
Cesar Brutus
Eis a segunda messiva, aonde o médico catedrático diz claramente que não gosta de pretos e que uma das suas missões na vida é prejudicar o ingresso destes em especialidades; por serem africanos e pretos.
“Exmo Sr. Dr. Paulo Pinho
Assunto: Reintegração do Dr. Gilson João dos Santos Alves
Obrigado por me pôr a par dos acontecimentos. Embora tenha tido conhecimento do manifesto do Dr Gilson Alves já em Agosto de 2008, nessa altura já transparecia que o Dr. Gilson Alves não voltaria ao serviço e o problema estaria resolvido. Porém, com o seu regresso, teremos de lidar com o problema de uma outra forma.
Além dos pontos que o Dr. Paulo Pinto propõe, eis o que eu gostaria de acrescentar:
Dei ainda hoje instruções ao Director de Saúde Ocupacional para iniciar o processo de pedido de junta médica para o Dr. Gilson Alves. Faremos tudo ao nosso alcance para que o processo seja o mais moroso possível, o que além de nos dar tempo, o desgastará ainda mais . Falei também com alguém da minha confiança de Serviço de Psiquiatria, para saber se seria possível ele próprio presidir à junta e obter e obter a conclusão que desejamos. Adiantou-me ele que , neste momento, a presidente da junta, muito provavelmente, será a Dra. Manuela Moura, profissional esta que não poderei abordar para discutir o tema, visto que não faz parte do nosso circulo. Porém, mesmo que a junta nos seja desfavorável, o que é muito provável dado o carisma do Dr. Gilson, não teremos de o readmitir. Aqui fazemos o que quisermos, como quisermos e não haverá justiça que o valha.
A providência cautelar do Dr Gilson também não o valera de nada. Mesmo que seja diferida, não o deixaremos prosseguir o seu internato.
Dei instruções para se iniciar um processo disciplinar, com vista ao seu despedimento, utilizando como base o manifesto e, o mais importante, o testemunho do Dr. Paulo, processo que também podemos retardar o mais possível para o desgastar.
Uma queixa-crime por difamação também será feita contra o Dr. Gilson utilizando outra vez o manifesto com principal prova.
Nesta fase, só teremos que esperar pelo resultado da junta e logo veremos o que podemos fazer, caso ele seja dado como apto. Nesse caso, a solução mais simples seria esvazia-lo de quaisquer funções clínicas e deixa-lo no gabinete o dia todo. Isto o desgastará ainda mais e mais cedo ou mais tarde ele sairá e escolherá outra especialidade.
Como sabe, não tenho nenhuma simpatia por pretos. Embora seja muito difícil, uma das minhas missões tem sido fazer tudo para que não façam o internato neste hospital. Concordo consigo quando diz que não vale a pena investir em africanos que depois deixarão o hospital pelos países de origem. Embora a informação que obtive dos seus antigos tutores foi de que o Dr. Gilson é um excelente médico e profissional, o seu lugar não é no Hospital de S. João e já é altura de o removermos de uma vez por todas.
Asseguro-lhe que tem toda a minha confiança e o meu apoio para todas as decisões que vier a tomar relativamente a este caso,
Atentamente,
António Oliveira e Silva
Director Clínico Hospital de S. João
Porto, 5 de Janeiro de 2009”
O original pode ser consultado aqui:
http://grevedefomeemdirecto.blogspot.com/
Cesar Brutus
Prezado César Brutus,
A primeira carta é por mim conhecida, tendo, inclusive, sido editada aqui neste blog – em versão scaneada do original que me enviaram. A segunda era por mim desconhecida, pelo que agradeço o envio. Uma vergonha! A questão vai para além do racismo, e merecia uma tomada de posição firme das autoridades cabo-verdianas. Mas o que fazer, se temos os governantes que temos?
Pensei que o problema estava resolvido... mas pelos vistos não está. Darei a atenção devida ao caso, pode crer. Já perguntei ao cidadão José Maria Neves, Primeiro Ministro de Cabo verde ( na sua página no facebook http://www.facebook.com/profile.php?id=100000414770749 ), o que o Governo tem feito para ajudar este cidadão e para prevenir abusos desta natureza.
Este comportamento é criminoso à luz da legislação portuguesa; e não deveria passar impune e no silêncio da "comunidade".
Vou contactar os meus amigos no Norte, e ver o que podemos fazer, de facto, para ajudar o Dr. Dr. Gilson Alves. A começar, todos os cabo-verdianos deveriam enviar estas cartas ao Procurador Geral da República de modo a que o mesmo aja em conformidade com a lei. A maioria não o fará, eu sei, pois hoje é preciso ter-se coragem para ser-se solidário. Além de que ser solidário não dá emprego e pão... mas, em regra, problemas.
Obrigado pela sua preocupação com esta questão, e por tê-la partilhado comigo.
Abraço fraterno
Virgílio Brandão
Virgílio,
Sim, a isso se chama iliteracia e, por outro lado, pouca clarividência da tua parte.
Compreende-se muito pouco onde queres chegar com este teu post. Esmiúça lá a coisa, meu caro. Afinal a quem chamas ditador? A Pedro Pires? Espero que não porque senão já não te compreendia mais, pois há algum tempo atrás, num dos teus posts, o tinhas recheado de encómios.
Big Drops.
Big Drops... parece-me que o texto é claro, bastante até. Porventura o desconhecimento de alguns dados poderá levar o leitor a não perceber algumas coisas, mas isso não é falta de clarividência.
O Presidente Pedro Pires já foi criticado e elogiado por mim, pelo mal que fez e pelo bem que, igualmente, fez; assim como sou um crítico do sofrível desempenho presidencial que tem tido.
Este texto, aliás, nem é uma crítica ao Pedro Pires por receber Obiang... é uma crítica por ter recebido duas condecorações menores de Portugal (um do General Ramalho Eanes, se não estou em erro, em 1986) e a Cavaco Silva por aceitar uma Ordem com nome de Amílcar Cabral.
Há outros apectos do post que não foram apreendios? Paciência. Um dia, como diz, esmiuçarei os mesmos; se for oportuno. Mas, creia-me, que o deveria perceber, percebeu. E bastante bem!
Abraço fraterno
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