quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

  • O DIA DA LIBERDADE É TAMBÉM A CELEBRAÇÃO DA MEMÓRIA
Libertas inaestimabilis res est, dizia o Prudentíssimo Paulo no Digesto. É verdade, "a liberdade não tem preço", assevera o povo. E a liberdade do povo cabo-verdiano começou a 13 de Janeiro de 1991 e afirmou-se com a Constituição de 1992. Só sabe o que isso é, de verdade, foi quem viveu o tempo em que os cabo-verdianos não tinham liberdade... nem de sair do seu próprio país livremente. O PAIGC/CV decidia se podia ou não... de uma forma muito pior de coartar a liberdade do que no Estado Novo.

Hoje temos liberdade, todos nós! O Sol brilha para todos, mas primeiro houve que fundar a liberdade, dar raízes e um novo porvir ao povo das ilhas hesperitanas. O 13 de Janeiro é, para os cabo-verdianos, algo análogo à saída do povo de Israel do cativeiro do Egipto.

Os cabo-verdianos adoradores do bezerro de ouro da estrela negra (do pan-africanismo e do socialismo africano) também têm direito a celebrar a liberdade — até mesmo aqueles que renunciaram ou foram obrigados pelo PAIGC/CV a renunciar à nacionalidade cabo-verdiana —, mas bom seria que assumissem a cultura de liberdade do Estado de Direito Democrático que, como ensinava o homem de Könisberg, também tem limites imanentes. Mas é claro que é um imperativo fazer uma precisão à ideia de que «a minha liberdade acaba quando começa a do outro» e afirmar o que é e está — parece-me mais de acordo com a natureza humana: a minha liberdade é limitada quando se confronta com a liberdade do outro.

Feliz dia da Liberdade.

2 comentários:

Anónimo disse...

É incrível como vocês insistem nesta verborreia de que os Paicvistas não defendem a liberdade e a democracia, ou pior, não as conhecem, blá blá bla.... Eu lhe pergunto: qual é a adjetivação embutida no conceito de democracia que predomina nos nossos tempos e porque razão dessa adjetivação. Se responder corretamente, estarei convencido que sabe do que fala.

Virgilio Brandao disse...

Por amor de Deus, ó homem! (mulher)

Parece, a contrario, o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa a afirmar um aferidor de medida da democracia... e metendo água, conceptualmente falando.

Se quer lições de Ciência Política ou pareceres, poderei dá-los ou emiti-los. Desde que pague. Um coisa é emitir opinião voluntária, outra é ser solicitada, não é?

Mas como parece uma pessoa informada, e certamente conhecedor(a) sa Sibila será capaz de encontrar nestas linhas a resposta às suas preocupações com o que eu sei ou não sei.

Deus o abençõe.

PS: Quando quiser falr comigo ou de mim... faça-o no singular. Só falo e respondo por mim, por mais ninguém. E, naturalmente, ninguém fala por mim.