- PHILOS. A EMBAIXADORA E O DEPUTADO
1. Sobre as condecorações Piristas às gentes da minha terra nos Estados Unidos da América e a polémica em volta do facto do mesmo ser chamado de Presidente (e não tenho nenhum prazer em dizer: «Eu bem que avisei…») só digo, de momento, que como [a perspectiva com que] olhamos as coisas determinam o que são ou serão…
Estamos perante uma questão funda, complexa nas origens e consequências. Os outrora «estrangeirados» (e sem direitos de cidadania política pelo facto de viverem no estrangeiro), ora agraciados, à última hora, pelo «Condecorador» Pedro Pires não mereciam tal presente envenenado. Sei, sei... sei que o Decreto Presidencial foi antes das eleições de Agosto... mas sei mais do que isso! e por isso sei o que digo. Eu amo um furacão, e os meus concidadãos não conseguem (ou não querem?) perceber um terramoto jurídico. Enfim... terras pequenas, diria Baltazar Lopes da Silva.
Nesta questão – e pode parecer paradoxal, mas não é – o deputado do MPD e a Embaixadora podem ter e têm ambos razão. Como? Se lhe disser… nunca aprenderá. E perde o prazer de pensar e de descobrir o como e o porquê de ambos terem razão; estando ambos equivocados! Já tem uma pista… aqui; a segunda, instrumental, encontra-se no capítulo I (não me atraiçoe a memória) de «Problemas da Filosofia» de Bertrand Russell.
2. Sobre o demais… nihil novi su soli. O PAICV quer fazer nos Estados Unidos o que fez em Portugal. Perguntem ao Onésimo Silveira – quando esteve como Embaixador em Portugal ajudou a montar o esquema que já estava delineado há muito. A história política de Cabo Verde nunca deixou, infelizmente, de passar por Lisboa. A estratégia em terras lusas é, hoje, outra; e tenta-se reproduzir um modelo que funcionou bem (muitos dos operacionais de tal estratégia estão em Cabo Verde). Eu até que pensei que a viagem de Aristides Lima aos Estados Unidos – que muitos confundiram com a fundação de um novo partido, por cisão do PAICV – tinha objectivos mais fundos no plano social, de verdadeira promoção da cidadania e não de reprodução de um modelo que tem dado uvas ao PAICV em Portugal. Mas, agora, vejo planos dentro de planos...
Uma questão a seguir, atentamente.
Post-scriptum: Por tanto desejar ver o bem acabamos por ser ingénuos
Imagem: Fátima veiga - Embaixadora de Cabo Verde nos Estados Unidos da América
1 comentário:
Baltasar nunca disse "terras pequenas"; Foi o Manuel dos Flegelados que disse "meios pequenos".
ALS
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