domingo, 14 de outubro de 2007

O mal...

O mal é, verdadeiramente, o maior opróbrio que o ser humano pode suportar. Bem dizia Kant (A Religião nos Limites da Simples Razão) que existe no homem «uma propensão inextirpável para o mal»... E, lamentalvelmente, não nos faltam exemplos... A natureza ofende-se, assim.

Ah, lembro-me de Milton (Paradise Lost, I) a orfear sobre Baal Moloch - a quem os pais ofertavam os filhos para sacrifício vivo no altar; uma encarnação do mal absoluto:

“Abominations; and with cursed things
His holy Rites, and solemn Feasts profan'd,
And with thir darkness durst affront his light.
First Moloch, horrid King besmear'd with blood
Of human sacrifice, and parents tears,
Though for the noyse of Drums and Timbrels loud
Thir childrens cries unheard, that past through fire.”

É. «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades; todo o mundo é feito de mudança...» Perdoem-me Alexandre Severus, Petrarca e Camões, daí, do panteão dos bons, mas a natureza humana teima em inclinar-se para o abismo, arrastando o outro inocente. É o mal civilizado, dir-me-ão...

[?]

Sim, fica para depois.

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