segunda-feira, 18 de outubro de 2010

  • ORFÉU LXIV

Oh! levantam-se os céus do sono
pois dói-me não ter asas,
as asas da Fénix que geraste dentro de mim.

Escuta: no orvalho
está todo o meu canto,
a rosa da esquina da tarde tardia,
o meu Porto Grande dos dias da fome.

Lídimo amor, sombra que sustenta
o meu cansaço mais fundo
levanta a mão da tua voz e vem buscar-me
das tuas memórias
enquanto acordo os sonhos
e lavo-lhes a alma com lágrimas.
------ Virgílio Brandão
Lisboa, 17-10-2010

Imagem: Solidità della nebbia — Russolo (1912)

2 comentários:

Anónimo disse...

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Nita Faria disse...

Se é um lídimo Amor, bem que pode sustentar o teu cansaço ... mas
O Amor nunca é sacrifício; antes, uma dádiva divina cordialmente compartilhada por dois amantes.

dias Bons.