quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Não existem alternativas ao bem e ao que somos – digo ao meu poeta.
Imagem: O Veneno -- Vladimir Kush
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- A MULHER DO PRESIDENTE DA REPUBLICA E A ADVOCACIA
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segunda-feira, 28 de novembro de 2011
- A LIBERTAÇÃO DO MUNDO
Eu sei. Afirmas.
Ainda não sabes, mas saberás amanhã
que a vida é curta e que viverás para sempre
contigo.
No fim, tudo. O balanço dos ossos,
da beleza, do vigor e de tudo o que tens
hoje estará arrebatado pelo tempo…
Eu, que pouco sei comparado contigo;
eu, que não sou belo como Apolo
ou como tu
estou comigo
e não sonho ser mais do que sou;
pelo que minero o universo
fora e dentro de mim.
Escavei um céu fundo,
construi uma estrada longa para o comboio de jade
do séquito de Serafins.
Chegaram, os Serafins. Estão aí, à janela…
perguntando-me como se escraviza o pai da humanidade.
Eu, não sei.
Aprendi a não saber.
A sabedoria mata, é veneno
no olhar dos pequenos que manejam.
Os Serafins trazem espadas, nuas.
Mandei-os ter contigo. Tu sabes…
Eu sou um simples operário. Cevo almas,
Minero céus e construo estradas dentro de mim.
Ele, o Dono dos Serafins, também
há-de chegar.
Será Hela.
Não sei, sabes. Disseram-me.
Espero nu,
passeando o cachimbo à janela
Espero que aprecie a minha obra
(a que não sabes nem sonhas,
pois não és marteleiro ou escultor de céus).
E me abrace.
E diga silêncio.
E marine meu beijo.
E me leve ao seu olival.
E veja minha ilha como sua.
E meu fruto como sua herança
E que fique comigo… para sempre.
Então saberei algo: dar-lhe um nome,
ao receber a alma do seu beijo
e do seu abraço
a colgar o pilar de marfim.
--- Virgílio Brandão
Imagem: Um Segundo Antes da Descoberta da Lei da Gravidade -- Vladimir Kush
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sábado, 26 de novembro de 2011
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Etiquetas: humana conditio
Doí-me, como uma chaga postulenta no coração, que um país com tantos juristas – e muitos de elevada qualidade – não tenham percebido ou elevado a voz contra a desconstrução do Estado de Direito Democrático, contra a crise de direito e da razão jurídica em que estamos mergulhados e que permite que um atentado frontal à Constituição e às liberdades e garantias fundamentais prime sobre a ordem garantística da Constituição.
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
- O OLHAR
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quarta-feira, 23 de novembro de 2011
- PHILOS. A EMBAIXADORA E O DEPUTADO
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- THE RUMBLE IN THE ASSEMBLEIA NACIONAL OU ELOGIO DA LOUCURA
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terça-feira, 22 de novembro de 2011
- EL MUNDO... ¡DEL DURO!
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segunda-feira, 21 de novembro de 2011
- PALABRAS DE SABIDURÍA
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domingo, 20 de novembro de 2011
- PORTO GRANDE
Há um furação dentro de mim,
e a noite chora.
Está escuro, tem medo.
Ah, tu não sabes o que é Deus em nós…
…ou sabes o que é essa dor,
essa impaciência de ser o que se é?
Não falo da morte dos crisântemos,
e de um barco humiliante a matar Deus
com a pena… Não!
…É essa razão de flor da memória
que germina em mim em cadência longínqua.
Escuto as vozes silenciosas dos meus antepassados gritando
à janela, com a chuva empapando-lhes a alma
de carvão e sonhos
que o Infante de pedra colectava
enquanto ouvia com eles a voz branca:
Hurry up! Hurry up, hurry up…
--- Virgílio Brandão
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- O ORGULHO DA (NÃO) CRISE
Uma forma de ajudar os países em crise, em solidariedade para com eles, é Cabo Verde não receber as ajudas que estes dão… pois, coitados, estão a contar os tostõezinhos. Que ninguém se lembre! O orgulho público, matéria de apanágio… é uma coisa que somente os poderosos se podem dar ao luxo de ter. Espero, sinceramente, que o Governo de Cabo Verde não venha a descobrir isso. A verdade é que sempre andou de tanga nunca saberá a falta que faz um fato Valentino ou Armani; e outras coisas mais...
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Sede humildes, pois vós herdareis;
herdareis a terra.
Disse, e herdou a tua alma.
Imagem: Ana Maria Cosendo -- Salvador Dali (1926)
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sexta-feira, 18 de novembro de 2011
- O ENFORCADO
Sonhei esta noite que morria.
Tive um orgasmo. Acordei para o Mundo
— esse rameiro de flores que dá mel ao mal .
Testemunha, putrefacta, a essência de tudo
enquanto novas de eternidade revisitam-me.
E queria escrever os poemas que não és capaz de ler
com os teus olhos. Despertar-te para a roça,
sobreviver-te e aos teus sonhos
num grão de açúcar no mar d’Kepóna.
Há uma fronteira que não se cruza, saberias
— o sabor do mar é o nome da saudade.
Sonhei esta noite que morria,
que morria enforcado, docemente enforcado
num laço de poemas, nos poemas que não és
capaz, não chegas para ser capaz de ler.
E tive um orgasmo!
Era teu.
---- Virgílio Brandão
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011
- POEMÁRIO
Quando não sou
projecto de poeta
e de Deus
leio Os Lusíadas
e Dante dá-me a sua mão.
Então sou poemário e tudo:
fundo-me em Deus e Deus em mim,
somos tudo o que podemos ser,
quando nos sentamos à sombra da lua embriagados
e discutimos a natureza do orgasmo
e a sabedoria da formiga
que carrega a essência de tudo para a sua cova.
---- Virgílio Brandão
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- O GÉNERO E A ESPÉCIE
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terça-feira, 15 de novembro de 2011
- VOZES DE ATENTAR
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011
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domingo, 13 de novembro de 2011
- DIGGING INSIDE
Escavo os céus com a enxada de pluma
dos meus versos oblíquos
e paro no olho da terra da Achada Grande
a oriente da nebulosa de Andrómeda...
Um fio de cobre e sangue corre como ribeiro
nas vértebras do tempo.
Este entra em mim, e vejo tudo.
Compreendo o universo, de enxada na mão
à procura do teu pão
na chuva que cai só, violenta.
Uma virgem deixou o seu sangue
ali, na terra sonhada; descubro enfim.
Não foi prazer,
nem foi imolada à força;
foi dever de ser o que mulher é
na natureza: cordeira.
114 anos suportou essa condição de Jacó
a mãe da minha mãe, pensava eu.
Descobri, hoje, agora... ao escavar o céu,
que o azul é o seu véu,
que as constelações são o seu sangue,
que é Eloha,
que o universo todo é um ventre
em expansão.
--- Virgílio Brandão
Imgem: Nero, Vladimir Kush
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011
- A GRANDE MORDAÇA E A MORTE DA SOBERANIA E DA DEMOCRACIA
Na Europa, nomeadamente em Portugal, o ciclo – que me parece padrão – também se repete. Estaremos perante o fim de um ciclo democrático, de uma democracia cidadã – com base numa Constituição Cidadã, como Ulisses Guimarães chamou a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988? Tudo indica que sim; que o poder está a passar das mãos do povo. Um dia, a verdade vem a tona; e teremos consciência – como a Grécia e Portugal como entes colectivos têm hoje – que já não somos livres, que perdemos além da soberania nacional a soberania de nós mesmos. Será, então, tarde demais para fazer seja o que for. Os indignificados, como os mortos, não têm voz. Há uma grande mordaça andando por aí…
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domingo, 6 de novembro de 2011
- PALABRAS DE SABIDURÍA
Imagen: Chief Justice John Marshall
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- MEMÓRIAS DA HISTÓRIA
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