quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

| COMUNICADO da Coordenação das Estruturas da Europa do PAICV

«Num encontro com estudantes universitários, realizado no dia 6 do corrente na Universidade Lusófona em Lisboa, o Líder do MpD, Dr. Carlos Veiga, terá afirmado que, nas eleições presidenciais de 2001, foi vítima de fraude eleitoral e que recebeu telefonemas de elementos da Polícia e das Forças Armadas, disponibilizando-se a “ir para a rua” com ele e que só não aceitou a oferta porque é um democrata e coloca os interesses da Nação acima dos interesses pessoais.

Estas graves afirmações têm sido reiteradamente feitas pelo Dr. Carlos Veiga, em vários espaços da diáspora, no seu afã de se apresentar junto dos cabo-verdianos como vítima de fraude eleitoral e verdadeiro ganhador das eleições presidenciais de 2001 e de 2006.

O processo eleitoral cabo-verdiano tem sido considerado por observadores, políticos e investigadores, nacionais e internacionais insuspeitos, como exemplar e que orgulha os actores políticos e a Nação. Tem decorrido no estrito respeito pela legalidade, com isenção, equidade, rigor, transparência e justiça, próprios de um verdadeiro Estado de Direito Democrático.

As afirmações do Dr. Carlos Veiga lançam graves suspeitas sobre duas instituições da República – a Polícia Nacional e as Forças Armadas - cujo comportamento e imagem de instituições respeitadoras e defensoras do Estado de Direito Democrático, são intocáveis porque exemplares.

Acto de tamanha gravidade, ganha contornos de irresponsabilidade, inaceitável num cidadão que desempenhou durante dois mandatos o elevado e nobre cargo de Primeiro-Ministro e é, actualmente, líder do maior partido da Oposição, apresentando-se como candidato a Chefe do Governo, nas próximas eleições legislativas.

A Coordenação das Estruturas da Europa do PARTIDO AFRICANO DA INDEPENDÊNCIA DE CABO VERDE, ciente de estar a interpretar os sentimentos dos militantes e amigos do PAICV e de qualquer cabo-verdiano defensor dos valores e ideais democráticos, exorta as instituições da República, nomeadamente o Governo e a Assembleia Nacional, a tomarem as medidas para esclarecer os fundamentos dessas graves afirmações do Líder do MpD, que podem manchar a imagem e o prestígio de duas importantes instituições republicanas e minar a confiança dos cidadãos nas mesmas.

A Coordenação das Estruturas da Europa do PARTIDO AFRICANO DA INDEPENDÊNCIA DE CABO VERDE, reitera a sua total confiança no processo de democratização cabo-verdiano, na fiabilidade, no rigor, legalidade, equidade e justeza do processo eleitoral, bem como a sua total confiança na Polícia Nacional e nas Forças Armadas, enquanto pilares da defesa do Estado de Direito Democrático.
Coordenação das Estruturas da Europa do PAICV
Mário Matos
Membro do Conselho Nacional do PAICV

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