Como está só
a casca do vento
sem ti...
Dói. Diz-me,
como tu sem amor,
que falta orvalho
e só tem lágrimas filhas do Magreb...
Ah, lembro-me dela
ataviada de rosário,
brincando sorte na banca
n`Rbera de Julion
amava dançando o pó do Mindelo
em dia do dileto de Cristo
servia-se, servia e era riso à alma
e massa de lágrimas risos…
Meia vida depois,
encontramo-nos em Tunis negra,
Beja branca, Ceuta confusa
e chama-se Al-Andaluz
– chora tempestuoso
sem a alma que me amou.
E teve filhos maiores,
antes e connosco.
De vida – Ramon Jimenez: «Meu coração,
no teu.»
De morte – Garcia Lorca: «E o sol
a casca do vento
sem ti...
Dói. Diz-me,
como tu sem amor,
que falta orvalho
e só tem lágrimas filhas do Magreb...
Ah, lembro-me dela
ataviada de rosário,
brincando sorte na banca
n`Rbera de Julion
amava dançando o pó do Mindelo
em dia do dileto de Cristo
servia-se, servia e era riso à alma
e massa de lágrimas risos…
Meia vida depois,
encontramo-nos em Tunis negra,
Beja branca, Ceuta confusa
e chama-se Al-Andaluz
– chora tempestuoso
sem a alma que me amou.
E teve filhos maiores,
antes e connosco.
De vida – Ramon Jimenez: «Meu coração,
no teu.»
De morte – Garcia Lorca: «E o sol
todavia nasce.»
Como a nossa prole…
Assim, não está só – hoje.
Se o sentires aí, nas terras do Cabo
Verde, também sou eu
que te amo.
Lisboa, 16.09.2007
Virgílio Rodrigues Brandão
Como a nossa prole…
Assim, não está só – hoje.
Se o sentires aí, nas terras do Cabo
Verde, também sou eu
que te amo.
Lisboa, 16.09.2007
Virgílio Rodrigues Brandão
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