sexta-feira, 5 de março de 2010

| EDIAFRODITUS

Olhe para mim! — sei que não me vês…
Sou um elefante, um elefante gigantesco.
E sou de oiro, de oiro que ferve a amor.
Um dia, beber-me-ás.
Sei que não me vês
— e sou o teu sonho do reino do Adonai
recôndito! a formiga da estrada melada,
a mão que lava a outra.
-------- Virgílio Brandão

Imagem: HR Geiger

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