quinta-feira, 11 de março de 2010

| O FRUTO DO TEMPO E MAIS

Parei o tempo, este que confino por momentos. Decidi escrever um poema, e acabei por escrever cinco. Revisitei os Sermões do Maister Eckhart, e parei. «Um homem pobre é aquele que não quer nada, que não sabe nada e não tem nada» — diz. Meditei um pouco. E dou por mim a pensar que a grandeza, a singularidade e a beleza do saber e de saber está no facto de que ele nos precede, e que nem será preciso pensar no a priori de Kant ou na mens divina de Cícero ou Aquino, basta olhar para o outro que está ao nosso lado, para o fruto do tempo em nós.

A douta ignorantia de Nicolau de Cusa tem, por vezes, um sentido espantosamente simples. E lá me vem à memória o dilema de Voltaire ao ver a Velha… a sua felicidade.

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