sexta-feira, 5 de março de 2010

| A POLICIA MILITAR E A DESNECESSIDADE DAS FORÇAS ARMADAS

       O Governo de José Maria Neves decidiu enviar os militares para a rua. Não cai o Carmo e a Trindade porque não temos nem uma coisa nem outra; a não ser a memória que se sente aviltada e o dever de oposição. O envio da Polícia Militar (PM) para a rua era previsível, por esta altura pré eleitoral. Nada de novo ou surpreendente no plano da estratégia política. Agora, se a violência é uma invenção ou um exagero da Comunicação Social, porquê é que se tem a necessidade de reforçar o policiamento do país com a PM? Como já disse antes e em outras ocasiões, e reitero agora, não me choca nada a presença da polícia militar nas ruas para combater a criminalidade e a violência urbanas. Pena é o Governo ter deixado a situação chegar a este ponto, de termos esta necessidade que grassa a de Estado de Emergência.
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       Sou da opinião de que não precisamos de um exército, que o Estado de Cabo Verde deveria ser desmilitarizado e fosse criado uma força policial de intervenção rápida e especializada em combate à criminalidade organizada, terrorismo e violência urbana. As Forças Armadas, como instituição, é, neste momento, uma desnecessidade e tem de ser útil ao país. Uma polícia melhor equipada e musculada para o combate à criminalidade, nomeadamente a que vilipendia os cidadãos no dia-a-dia e a transnacional é, de longe, mais consentânea com as necessidades do país. Perigos externos? Os acordos com os países do Tratado Atlântico Norte e com a União Europeia é, será bastante, para salvaguardar, ao nível preventivo, qualquer perigo. Bem dizia o poeta que devemos estender os pés de acordo com o tamanho do nosso lençol… na verdade devemos ser realistas com lençóis de sonhos.
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------- Imagem: Capricho de um pintor, Teresa Carneiro

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