- A PARÁBOLA DO EDIFICADOR
Que se pode dizer perante cem mil mortos, ceifados por uma esgar da natureza?
Cem mil dores multiplicados por pai, mãe, irmãos, cônjuges, amantes, amigos, companheiros e colegas sinceros… tudo isso deve servir para alguma coisa. Nós, os de ilhas vulcânicas e os que vivemos em cidades de perigo sísmico como Lisboa, devemos aproveitar este momento para ser mais solidários e pensar que, no que diz respeito a terramotos e maremotos, temos as nossas casas assentes sobre a areia
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E Cabo Verde, como Portugal, nomeadamente Lisboa, não está preparado para uma desgraça como a que se abateu sobre o Haiti. Estamos preparados, minimamente, para uma catástrofe desta magnitude ou análoga? A resposta é não! O mínimo seria, é, ensinar as populações o ABC dos procedimentos individuais e familiares em casa de catástrofes naturais, porque de meios estamos mais do que pobres, totalmente despidos. Queixamo-nos das nossas desgraças? Se nos acontecesse o mesmo que o Haiti, estriamos pior do que aquilo que presenciamos: uma sociedade desmontada como um brinquedo. A parábola do semeador, sim. Ler a Bíblia é útil, nem que seja para se ser um pouco animista, nem que seja para se ter consciência do que é planeamento e amanhã.
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Imagem: O horror haitiano...
4 comentários:
Ler a Bíblia para ser animista é uma ideia meio peregrina...
Achas mesmo? Olhe que não, ó Joshua...
E se lêssemos os Salmos de David e Romanos I.20?
:-)
Então mas o Tehilim não é o livro dos hinos de louvor a D´us?
Seja como for hoje não me apetece David, dava-me mais jeito Elias...
Coisas.
É, Joshua. Eloha está em todo a criação, não stá?
Confesso, publicamente confesso: Surpreendeu-me o teu purismo lusitano a escrever o nome de Eloha…
Sim, eu também… ou a materialização dos cântigos do filho do sábio. O Shamayim pode ser particular, sim. E não são coisas, acho que é uma expressão docemente ambiciosa do Zoe.
Mas lê Josué I.9, é consolador.
:-)
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