sábado, 10 de maio de 2008

Madame Butterfly [Ópera imaginária], Giacomo Puccini

  • A COPULA DO VENTO DAS TRES HORAS

À janela, um pássaro madrugador
evoca como meu mestre o sal da memória:
«Olhai os ventos roçando
os campos
de longa e extensa nudez.
Senti o prazer das flores acariciadas
pelo pensamento, assobiadas nas ruas
verdes e silenciosas
ajoelham-se, em reverência, suave
como pranto-sonho Mindelense
à espera de um amante invisível,
presente como um Deus
e duro de ver, como o amor adiado
que procura amar plantado à beira-mar
e atenta no Liceu. Até hoje».