quinta-feira, 18 de março de 2010

| IMPRESSÕES
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Manifestações contra o status quo, em Cuba! Passa-se algo em Cuba, muito mais do parece… e se pudesse estar ao pé de Luisa Tamayo, mãe de Orlando Zapata, dir-lhe-ia — para ela e todos aqueles que sofrem a injustiça e a opressão — o que dizia Séneca:

El que siempre busca grandezas, alguna vez las encuentra.

Uns semeiam, outros colhem; tudo a seu tempo. Mene mene, tequel u farsim... — pensei.

Imagem: Reina Luisa Tamayo Danger, mãe de Orlando Zapata

4 comentários:

Ivan Santos disse...

Seguem uma petição que está circulando, para libertação dos presos políticos em Cuba!!

http://orlandozapatatamayo.blogspot.com/p/nosotros.html

Anónimo disse...

Basta ya!

Para que o silencio de tantos não se torne regra, nem lei.


Serei de novo, como um dia fui,
choro de mães na Plaza de Mayo,
lado a lado serei, com Luisa Tamayo,
a irada multidão que pelas rua flui.

Serei de novo, como um dia fui,
Dama de Blanco em La Habana
Gritando ao silencio onde afinal rui
Olvidados sonhos da nação cubana.

Esquecido e sem amparo, morreu Zapata
No silêncio da palavra livre tornada ingrata
Murió solo, lejos de los suyos en Camagüey.

Diz-me Che, a Luisa, mãe e Pietá, o que direi
Se a ‘Primavera Negra’ de Março ainda mata,
Na Cuba que, como Orlando Zapata, tanto amei.

Alex

Anónimo disse...

Faz o que quiseres do que segue:

Há redes que valem a pena ser lançadas contra os oceanos de silêncio(s). Se todo o silêncio é de oiro, nenhum oiro pode comprar o silêncio de todos. As prisões por delito de opinião são um insulto e um vexame à dignidade humana. Façam eco contra o que se passa em Cuba, por Cuba (que a tantos de nós fez sonhar), e pelos cubanos! Façam-no, num acto de “emocion de cubanidad”, como diria a poetisa cubana Gertrudis Gómez de Avellana, e para que se faça luz “Antes que anochezca”.

“Os rebeldes eram, por outro lado, bonitos, jovens e viris; pelo menos aparentemente. Toda a imprensa mundial ficou fascinada com aqueles formosos barbudos, muitos dos quais tinham, além disso, uma esplêndida guedelha.”

“Exorto o povo cubano, tanto no exílio como na Ilha, a que continue a lutar pela liberdade. A minha mensagem não é uma mensagem de derrota, mas de luta e de esperança. Cuba há-de ser livre. Eu já o sou.” Carta de despedida de Reinaldo Arenas
Extractos do livro “Antes que anoiteça” de Reinaldo Arenas.


Basta ya!

Para que o silencio de alguns não se torne regra de muitos, nem lei para todos.

Serei de novo, como um dia fui,
choro de mães na Plaza de Mayo,
lado a lado serei, com Luisa Tamayo,
a irada multidão que pelas rua flui.

Serei de novo, como um dia fui,
Dama de Blanco em La Habana
Gritando ao silencio onde afinal rui
Olvidados sonhos da nação cubana.

Esquecido e sem amparo, morreu Zapata
No silêncio da palavra livre tornada ingrata
Murió solo, lejos de los suyos en Camagüey.

Diz-me Che, a Luisa, mãe e Pietá, o que direi
Se a ‘Primavera Negra’ de Março ainda mata,
Na Cuba que, como Orlando Zapata, tanto amei.

Alex
21-03-2010

Virgilio Brandao disse...

Cunha,
por vezes a noite escura está
a entre e em nós e nem nos apercebermos dela...

O fruto de revolução foi, é uma desilusão! Desespera-me ler os escritos de Fidel, pensar no que foi o ideário revolucionário, de um homem verdadeiramente livre... mas o ocidente, de Espanha ao Estados Unidos da América, passando pelo Reino Unido, não têem muitas lições a dar à Cuba.

Estamos escravos, uns de umas coisas, ouros de outras... Espero que chegue o dia, que venha depressa!, em que não seja preciso que ninguém veja a morte (ou o exílio) como uma forma de libertação no plano político.

Abraço fraterno