sábado, 26 de junho de 2010

  • DISTRAIR-SE DO MUNDO
Porque somos tão apressados a tirar conclusões? – pergunta-me o meu poeta.

Eu, não digo nada; pois não me sinto capaz de responder à tal questão. Assim estende-se a minha alma no seu recanto, pedindo à brisa da noite, como se fosse Deus informe, para curar a universal dor de cabeça que me afronta. E percebo, hoje e agora, Funes o Memorioso.

E Dario lá longe e tão perto de tudo o que se diz.
E Empédocles ad unitatem sem ididade.
E Athenas perecida nos sonhos e nas palavras...
E Tyi tão perto e tão longe de tudo o que de belo se vê do oiro.
E Hoje, como ontem, também morrem coisas, silenciosas.

Imagem: Bendik Riis

2 comentários:

Anónimo disse...

Hoje lembrei-me do doutor fazendo elogios à justiça francesa.
Veja como vai a terra da liberdade e dos direitos humanos aqui:

http://libertes.blog.lemonde.fr/

Virgilio Brandao disse...

Uma desgraça, uma regressão em muitos planos, nomeadamente no das liberdades fundamentais. Mas não é só na França, não...

A Justiça, que não se confunde com as decisões políticas para a administração da justiça, é independente na França; tão independente quanto pode ser a consciência de um homem bom.

O problema da independência dos juízes é que são detentores de demasido poder, e são, também eles, sujeitos à corrupção, seja ela material ou moral. E a única forma de controlar esse poder é através da fiscalização política e popular.

Tenho seguido as reformas em França, mas são in pejus; assim como em Cabo Verde. A cidadania corre tantos perigos (a alienação colectiva desempenha um papel fundamental) que já nem consegue ver o que está defronte do eu nariz...

Abraço fraterno