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O JULGAMENTO DA HISTÓRIA
O exercício do poder é, em si mesmo, um dado ético. Mas, não raras vezes, os detentores do poder perdem o norte da sua função e passam a pensar somente em si mesmos, no grupo que os sustenta, i.e., os partidos, e não no povo. Quando pensam nos governados acabam ou por ser depostos e considerados cruéis, incompetentes e quejandos. O que vale é que a história acaba, cedo ou tarde, por repor realidade e quem medra no mal acaba por ser devida e eticamente justiçado, pelas urnas ou pela história.
A eternidade, o verdadeiro objectivo do homem, mesmo do homem sem Deus, tem uma balança que se equilibra a si mesma. Mas a imortalidade só se ganha com o bem, e este é uma forma de redenção pelo mal que quem detém o poder acaba por causar pelas suas acções activas ou omissivas pois, e isso é insofismável, o bem de uns representa um mal para outros — não importa a dimensão mas o facto em si.
Cedo ou tarde haverá uma Φ em tudo; para além de Marx e Engells.
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Imagem: Cidadão etrusco... antes de desaparecer da história.
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