Morreu o Deputado da nação José Maria Barros. O meu instinto, aquele que Tomás de Aquino me exorta a confiar, disse-me para silenciar-me, ver e escutar o quanto os deputados da nação são queridos e respeitados pelos escribas da terra. Os jornais nacionais fizeram, naturalmente, eco da funesta notícia, do empobrecimento da República pelo desaparecimento de um dos seus tribunos parlamentares, voz do povo que representava e obreiro do bem-estar nacional.
O que eu pensava aconteceu: os bloguistas cabo-verdianos passaram ao lado deste facto: morre um dos seus representantes, e o seu silêncio é global, ferenda, lapidar, ingrata… direi mesmo. E depois, depois quer-se ter voz política (os que o querem). Bem, se calhar eu é que estou errado e na política só contam os que estão vivos, os que estão do «nosso lado da barricada» e a dor do «adversário» não é a nossa. Mas não! A dor da família de um Deputado da nação é, também, a minha dor. As suas lágrimas são, também, as minhas – aqueles de razão de sangue e afinidade, eu de gratidão por representar o povo e fazer o que este não pode fazer.
Pelo trabalho desempenhado em prol dos interesses da nação, certamente com sacrifícios pessoais e familiares consideráveis, o Deputado José Maria Barros merecia maior atenção por quem anda atenta e/ou se diz atenta, por quem quer chamar à colação os desatentos pelas coisas da República. Até percebo que isso passe ao lado de blog´s lúdicos e análogos, mas não daqueles que são de natureza política, para-política, análogas ou de políticos ou candidatos a políticos. Isso, não! Não percebo, de todo. É impressão minha ou, na verdade, a função de Deputado da nação e a sua dimensão e importância deve ser promovida no seio da comunidade nacional – a começar por aqueles que querem ser uma voz lateral do povo? Dá que pensar!
José Maria Barros, Deputado da nação cabo-verdiana, este cidadão saúda o teu labor em prol da República! Tivesses tu nascido numa nação grata… Avé, José Maria Barros! Cumpriste o teu papel de homem bom numa sociedade republicana: deste o melhor que podias e eras capaz para o bem da República. Obrigado!
Imagem: The Ignorant Fairy, René Magritte
O que eu pensava aconteceu: os bloguistas cabo-verdianos passaram ao lado deste facto: morre um dos seus representantes, e o seu silêncio é global, ferenda, lapidar, ingrata… direi mesmo. E depois, depois quer-se ter voz política (os que o querem). Bem, se calhar eu é que estou errado e na política só contam os que estão vivos, os que estão do «nosso lado da barricada» e a dor do «adversário» não é a nossa. Mas não! A dor da família de um Deputado da nação é, também, a minha dor. As suas lágrimas são, também, as minhas – aqueles de razão de sangue e afinidade, eu de gratidão por representar o povo e fazer o que este não pode fazer.
Pelo trabalho desempenhado em prol dos interesses da nação, certamente com sacrifícios pessoais e familiares consideráveis, o Deputado José Maria Barros merecia maior atenção por quem anda atenta e/ou se diz atenta, por quem quer chamar à colação os desatentos pelas coisas da República. Até percebo que isso passe ao lado de blog´s lúdicos e análogos, mas não daqueles que são de natureza política, para-política, análogas ou de políticos ou candidatos a políticos. Isso, não! Não percebo, de todo. É impressão minha ou, na verdade, a função de Deputado da nação e a sua dimensão e importância deve ser promovida no seio da comunidade nacional – a começar por aqueles que querem ser uma voz lateral do povo? Dá que pensar!
José Maria Barros, Deputado da nação cabo-verdiana, este cidadão saúda o teu labor em prol da República! Tivesses tu nascido numa nação grata… Avé, José Maria Barros! Cumpriste o teu papel de homem bom numa sociedade republicana: deste o melhor que podias e eras capaz para o bem da República. Obrigado!
Imagem: The Ignorant Fairy, René Magritte
6 comentários:
Tens toda a razão e na verdade os bloggers deveriam dar maior atenção a assuntos como este, mas infelizmente passou ao lado. Da minha parte, mea culpa.
Redy,
a morte de um representante da nação não é coisa que deva passar ao lado dos seus representados... Já tinha anotado uma situação de ingratidão análoga quando morreu o Luís Cabral.
Mas a vida é asim mesmo, e temos de ir vivendo com ela. E mea culpa, tua... nem por isso, pois até que fizeste referência à morte do deputado José Maria Barros (ainda que an passant). :-)
Abraço fraterno
Pela parte que me toca, nunca tinha ouvido falar dele. Aliás não conheço meia dúzia dos deputados cabo-verdianos e daqueles que conheço, desconheço por completo o trabalho parlamentar dos mesmos, as suas agendas e os manifestos enquanto servidores públicos.
Acho que a classe política cabo-verdiana não sabe comunicar e assim perdem eles e sobretudo nós, descambando, obviamente, naquilo no silêncio que você critica.
Os meus sentimentos à família enlutada.
Amílcar, concordo contigo. Mas não é só a classe política que sofre desse défice de comunicação - outras instituições públicas também.
Mas olha, Almílcar, como cidadãos temos o direito (senão mesmo o dever) de saber mais sobre os deputados para podermos exigir amis deles. E existem muitas, mas muitas formas de saber o que precisamos, como sabes.
Sinceramente, acho que todos os deputados deveriam ter um site para comunicarem com os cidadãos (ganham o bastante para isso), ou os cidadãos deveriam escrever aos deputados para saber da sua Agenda, e do que fazem em defesa dos programas apresentados durante as eleições. Quem não cumprisse com o prometido, seria sancionado no dia do voto.
Eu, por exemplo, não «chateio» os deputados eleitos na Diáspora porque não sei onde andam; eu nem ninguém (excepto os militantes dos respectivos partidos) consegue contactar com eles, a não ser em situações acidentais ou quando precisam do voto.
Não será tempo de sermos cidadãos mais exigentes - a todos os níveis - com os nossos deputados?
Abraço fraterno
Virgílio,
Concordo plenamente contigo, e subscrevo os teus argumentos.
No entanto, no meu entender, há mais uma questão: ele ser da ilha Brava.
Se ele fosse um deputado de São Vicente, Santiago ou Sal o destaque nacional seria outro. Enfim, precisamos rever estas situações, por vezes, gritantes.
Kel abraço fraterno!
Ruben.
Pois é Ruben... algumas coisas nunca mudam, como diria o escorpião.
Abraço fraterno
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