- O INVISÍVEL LÁTEGO
Invisível látego
este matiz de dia que te aflige
de sonhos.
Manto desordenado
este que paira em teus lábios
sedentos de manjares inominados...
E não há voz que te acuda!
Só olhos canibais,
desejos redesenhados,
mãos ciganos
te procuram
– em ti há mais chá e mel que oiro...
A verdade,
sabemos, tu e eu:
Só os pobres cantam
«riqueza não dá felicidade»
e somente os feios arvoreiam
que «beleza interior é que importa.»
Não têm olhos sem Eros,
não são mãe,
nem pai
ou tu.
E de ti,
cortesã de mãe terra e ideia,
as mossas das auroras
salpicam o dizer:
«Sou filha do pródigo,
em dia de festa reclamada,
desdenhada e não lida,
mas sou uma Laura negra,
com oiro como véu,
semblante angélico,
prole viajante
e céu, sim céu
com aroma de alecrim do Porto Novo
pois ontem choveu
e na minha pele germinou
hoje, outra vez,
este matiz de vida...»
este matiz de dia que te aflige
de sonhos.
Manto desordenado
este que paira em teus lábios
sedentos de manjares inominados...
E não há voz que te acuda!
Só olhos canibais,
desejos redesenhados,
mãos ciganos
te procuram
– em ti há mais chá e mel que oiro...
A verdade,
sabemos, tu e eu:
Só os pobres cantam
«riqueza não dá felicidade»
e somente os feios arvoreiam
que «beleza interior é que importa.»
Não têm olhos sem Eros,
não são mãe,
nem pai
ou tu.
E de ti,
cortesã de mãe terra e ideia,
as mossas das auroras
salpicam o dizer:
«Sou filha do pródigo,
em dia de festa reclamada,
desdenhada e não lida,
mas sou uma Laura negra,
com oiro como véu,
semblante angélico,
prole viajante
e céu, sim céu
com aroma de alecrim do Porto Novo
pois ontem choveu
e na minha pele germinou
hoje, outra vez,
este matiz de vida...»
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- A pedido de um amigo, fica aqui a republicação de mais um dos meus poemas.
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