Como um coro de domingo, o apurar lento
da tristeza. Na radiosa ignorância do declínio,
ruivas vozes de crianças num estrepitar ígneo,
qual se as arrimasse o lume do pensamento.
E é glória a solidão em que perenes trilam;
iluminadas pelo fulgor das antigas juras.
Mas agora que nas hiperbóreas alturas
para um longo sono branco se perfilam
o que o dia avivava e essoutro que aclarava
as fronteiras por onde o estio vinha vindo,
sonho-te, meu brando país do sul, pequena
nesga de azul, ou apenas votivo perfil de lava,
sobre cujo gume o trânsito do tempo infindo
é rútila transparência que a memória encena.
José Luiz Tavares
da tristeza. Na radiosa ignorância do declínio,
ruivas vozes de crianças num estrepitar ígneo,
qual se as arrimasse o lume do pensamento.
E é glória a solidão em que perenes trilam;
iluminadas pelo fulgor das antigas juras.
Mas agora que nas hiperbóreas alturas
para um longo sono branco se perfilam
o que o dia avivava e essoutro que aclarava
as fronteiras por onde o estio vinha vindo,
sonho-te, meu brando país do sul, pequena
nesga de azul, ou apenas votivo perfil de lava,
sobre cujo gume o trânsito do tempo infindo
é rútila transparência que a memória encena.
José Luiz Tavares
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