quinta-feira, 21 de agosto de 2008

  • COMO A DROGA E OS TELEMÓVEIS ENTRAM NAS PRISÕES?

Muita gente pergunta: como é que a droga entra nas prisões? Como é possível que os traficantes continuem, mesmo presos, a negociar e, não raras vezes, a gerir o seu negócio de dentro das prisões?

Bem, a resposta é simples – mas é tão simples que ninguém a quer ver: são introduzidas pelas visitas; nalguns casos com a conivência culposa dos guardas, nomeadamente ao nível da diligência nas revistas pós visitas.

A prática mais comum é as mulheres, namoradas ou amigas (casos tem havido de pessoas contratadas para o fim específico) introduzirem produtos estupefacientes ou telemóveis na vagina e, durante a visita, entregar a encomenda ao preso.

O método mais comum é o seguinte: acondiciona-se a droga, devidamente embalada, e coloca-se dentro de um preservativo que é depois introduzido na vagina. Depois, durante a visita, retira-se o material – como alguma facilidade, como se vê no vídeo – e entrega-se ao preso. Este, dependendo da quantidade, coloca-o na boca ou na meio das pernas, preso às cuecas.

Os telemóveis necessitam de cuidados maiores, mas o sistema é substancialmente o mesmo: envolve-se o aparelho em prata (para evitar ser detectado pelo detector de metais – a mesma técnica usada pelos furtadores de lojas) e depois colocado dentro de um preservativo e inserido na vagina. A entrega é fácil de ser feita.

O problema é que é muito difícil fazer este tipo de controlo, pois a revista das visitantes briga com alguns direitos fundamentais, nomeadamente com reserva da intimidade e a dignidade das pessoas (para além de que pode(ria) fomentar ou dar lugar a abusos).

Que fazer? Uma maior fiscalização pós visita é/seria susceptível de controlar, em parte, estas situações, mas haverá sempre outras formas de contornar os sistemas de segurança mas tais falhas só poderão ser imputadas às instituições e aos seus agentes.

  • Vídeo: Ilustrativo de como o transporte é feito. Se for pudoroso, não veja!

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