quarta-feira, 27 de agosto de 2008

  • A FILOXERA DO COLONIALISMO
Falava com um amigo e colega que me contava sobre a situação insólita de um cidadão guineense a quem foi recusado, pelo Consulado da Embaixada de Portugal em Bissau, o visto de entrada em Portugal para tratamento médico.

É normal, dir-me-á. Sim, seria «normal» se esse cidadão não tivesse sido fuzileiro das forças armadas portugueses durante o conflito armado que levou à independência da Guiné-Bissau e um militar com louvores e distinções honrosas na sua caderneta militar portuguesa.

O desgraçado – pois a situação doença é uma desgraça – do homem serviu para ser carne para canhão, matar os conterrâneos em nome da pátria lusitana e sofrer os horrores da guerra, mas hoje nem o direito tem de colocar os pés na terra por cuja integridade e indivisibilidade nacional lutou.

Não se trata de uma questão legal, não; é a revelação da forma ingrata e desumana como o Estado português, através dos seus agentes, trata os antigos combatentes de origem africana que lutaram por um Portugal imposto na alma – Deus, Pátria e Familiar – e que agora, depois de sugados da vida, são pouco menos que parias.

A filoxera do colonialismo continua; vê-se, nesta como em muitas outras coisas que teimam em escapar à percepção da sociedade outrora oprimida de forma patente e hoje profundamente anestesiada. Um dia
, quem sabe, acorde e seja a tempo.
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  • Imagem: Sostenedores de cigarrillo.

Voy a fumar um cigarrillo. Ah, no me hables en dejar de fumar; me gusta e pronto. E yo, lo deberás saber, prefiero cigarrillos negros (cohiba, davidoff, ducados) y puros habanos, dominicanos y hondureños.

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