- BARACK – FILHO DE AFRICA
Espero para ouvir o discurso de Barack Obama e penso que pode estar a lançar a primeira grande pedra para o despertar de uma esperança desesperada e na construção de uma sociedade melhor. Sonho? Não creio que seja somente isso; é mais, muito mais.
E lembro-me, então, de Seti I, o Faraó construtor, e do seu magnífico filho, Ramsés II que colocou o Egipto num plano maior da história com a edificação de Luxor – nomeadamente de Karnak - Abu Simbel e um espírito de ambição de uma sociedade grandiosa nas obras e no espírito.
A moderna tradição da primeira pedra – como testemunham as inscrições em Luxor – foi iniciada por Ramsés II que, muitas vezes, é esquecido e só lembrado com vitupério por causa da narração do Velho Testamento do êxodo israelita. Será esse o destino dos africanos e dos seus filhos: só ser lembrado pelo mal e não pelo bem? Não creio que seja!
Barack Obama, além da ser – na minha opinião – a melhor escolha e o melhor homem para tirar os Estados Unidos da letargia em que está submersa constitui, para todos os africanos e descendentes um capital de esperança de esperança inestimável.
Espero que venha a ser uma alavanca para os africanos, os afro-europeus e seus descendentes de africanos reverem a sua memória e descobrirem que algumas das pessoas mais extraordinárias que o Mundo já conheceu eram filhos de África. Só por isso, na sequência da coragem do poeta afro-americano Frederick Douglass (que recebeu um voto na Convenção Republicana em que se apresentou como candidato à presidência), a sua aclamada nomeação e candidatura é um exemplo e um grito de que «sim, podemos!»
- Luxor, Egipto
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