sexta-feira, 8 de agosto de 2008

«Minha boa Luísa,
Não compreendo como passaste dois dias sem receber cartas minhas; foi talvez por não ter havido estafeta, porque escrevo-to todos os dias. Podias aumentar o número das pessoas, mulheres e homens, a quem fazes convites. Não os fazes em número bastante para que tenhas todos os dias alguns convidados. Convida La Valete, a mulher e uma dúzia mais. Não sou da tua opinião; as mulheres são mais levianas e comovem-se menos que nós. O bem que me dizes do meu filho dá-me prazer. Adeus, minha amiga; a minha saúde é boa. NAP. 11, às 11 horas de noite (11 de Agosto).»
In Cartas de Napoleão a Maria-Luísa – Comentadas por Carlos de La Roncière, Lello & Irmão Editores, Porto, s/d, p.82-83
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  • Esta carta, das muitas que Napoleão Bonaparte escrevia à sua amada mulher, a Arquiduquesa da Áustria, Maria-Luíza (esta é de 1812, durante a campanha da Rússia), é prova bastante de que mesmo os homens de guerra e de ambição também têm um lado sensível. Mas como não ser sensível perante o feminino; sim, como?

Imagem: Esther Baxter

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