- VOZES DE ATENTAR
domingo, 31 de outubro de 2010
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oh sonho! quero sonhar-te!...
----- Guilherme da Cunha Dantas
Imagem: Di Cavalcanti
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sábado, 30 de outubro de 2010
- EU E O MEU POETA
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010
- O BUNKER
Dizia Borges, do panteão dos seus anos
sábios: só se devem ler livros com mais de cem anos…
e por vezes mais — acrescento,
eu que persigo os seus olhos há anos,
desde que abri a alma à beleza.
E foi então que vi o Mundo num bunker
e confessei com Rodin: a beleza
é o carácter e a expressão...
Escravizei-me, furei as orelhas.
Mas onde está a expressão da singularidade,
o sorriso de Deus
e a cor do dulcíssimo gemido
que mana da ternura da pele intocável
e funda das horas com a solidão dos oceanos
e das estrelas virgens?
— Virgílio Brandão
-------------, 21-10-2010
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terça-feira, 26 de outubro de 2010
- O VALOR DA VIDA E O INPS
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- ALMEIDA SANTOS NA ASSEMBLEIA NACIONAL. ELOGIO DA POLÍTICA OU DOS CAMARADAS?
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
- WIT MINDELENSE
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- MEMÓRIAS DE CABO VERDE
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domingo, 24 de outubro de 2010
- VOZES E ATENTAR...
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- A LIBERDADE DE SERMOS O QUE SOMOS
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010
- 1888
Era menino.
Não sabia nada, como hoje nada sei
do que é a inocência dos inocentes como eu.
E tudo se resume à uma memória
virgem, canora...
Era menino.
Sempre que visitava 1888
ia fascinado visitar a campa de nha Marquinha.
Era bela,
e é mais que certo que teve um funnus imperial
com Pacuvius Armorum
e os cantadores de Djosa carpindo
nas ruas do meu berço um amor não seu.
Oh, céus! Como seriam belos os seus beijos
e os sonhos dos que a amavam…
É que os sonhos devem estar limpos,
limpos e puros
como os beijos da mãe
que deixa saudades de mármore
e depois morre nas costas zéfiras do tempo
pois passado o gene só o génio é eterno.
-------- 20-10-2010
Virgílio Brandão
Imagem: Desenho do Coração — Leonardo da Vinci
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- VOZES DE ATENTAR…
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- A CULTURA DA FILI RESPRIVADA
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010
- ORFÉU LXIV
Oh! levantam-se os céus do sono
pois dói-me não ter asas,
as asas da Fénix que geraste dentro de mim.
Escuta: no orvalho
está todo o meu canto,
a rosa da esquina da tarde tardia,
o meu Porto Grande dos dias da fome.
Lídimo amor, sombra que sustenta
o meu cansaço mais fundo
levanta a mão da tua voz e vem buscar-me
das tuas memórias
enquanto acordo os sonhos
e lavo-lhes a alma com lágrimas.
------ Virgílio Brandão
Lisboa, 17-10-2010
Imagem: Solidità della nebbia — Russolo (1912)
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domingo, 17 de outubro de 2010
- ZEN MOMENT
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- A MÁ FÉ, A ILICITUDE DO ESTADO E A DESTRUIÇÃO DA CASA ADRIANA
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sábado, 16 de outubro de 2010
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010
- A ESCUTAR…
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010
- VOZES DE ATENTAR
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domingo, 10 de outubro de 2010
- VOZES DE ATENTAR
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sábado, 9 de outubro de 2010
- A ORIGEM DA SOLIDÃO
A chuva entra na minha alma,
e canta-me um milhão de desejos;
desejos que só podem ser teus, pois queima-me,
queima-me como a Terra virgem ao nascer no coração do Sol,
o Sol menino do grande grito do Universo
que ao despertar aprendeu o que é ser-se só.
--- Lisboa, 08.10.2010
Virgílio Brandão
Imagem: Tepidarium —Lawrence Alma-Tadema
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- JUDGES AND DEMOCRACY
Image: Justice Stephen Breyer & historian Jeff Shesol
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sexta-feira, 8 de outubro de 2010
.
Temos que concordar que, para um país que se diz adepto da política de assimilação, esta progressiva diferenciação entre metropolitanos naturais das Colónias não constitui um índice de grande capacidade civilizadora» — Adriano Duarte Silva no Parlamento português durante o Estado Novo.
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Ouvi na RCV, no programa Directo ao Ponto, a posição do Dr. Júlio Correia sobre a demolição da casa que foi de Adriano Duarte Silva no Mindelo… e da sua referência à deposição do busto do mesmo depois da Independência e da sua posterior reposição no local: em frente ao Liceu Gil Eanes, estabelecimento de ensino que o mesmo foi um dos promotores. Por maioria de razão, a casa deste defensor das ilhas de Cabo Verde, nomeadamente do seu desenvolvimento social, económico e humano num período particularmente difícil não deveria ser reconstruída, ainda mais neste tempo de aprendizagem da democracia?
É pena que a nossa gente, nomeadamente a política, não tenha a consciência histórica bastante para perceber que a acção de Adriano Duarte Silva como representante de Cabo Verde no Parlamento português do Estado Novo foi, era e é uma luta análoga àquela que Amílcar Cabral e demais companheiros se lançariam rumo à Independência: «Nós enfrentamos o problema não só da libertação mas também do progresso do nosso povo (Amílcar Cabral, Unidade e Luta, VII). E este progresso é, ainda, o grande desafio de Cabo Verde. E poucos cidadãos — para não dizer nenhum…— fizerem tanto, pela sua acção individual, por Cabo Verde como Adriano Duarte Silva.
Adriano Duarte Silva foi o político precursor da ideia de um Cabo Verde desenvolvido, com estruturas bastantes para o povo das ilhas viver dignamente. E no Liceu do Mindelo, pelo qual Adriano Duarte Silva lutou para S. Vicente, estudou Amílcar Cabral; este que se tornou, para muitos, uma espécie de eucalipto da memória dos homens de bem da história de Cabo Verde. O devir social não acontece por geração espontânea: muitos deixaram as sementes para o progresso de Cabo Verde. Mas parece que as obras que fazem em Cabo Verde, sejam elas o que forem, não tem fundações…
A luta de Amílcar Cabral e a de Adriano Duarte Silva eram a mesma luta: a luta pelo progresso de Cabo Verde! O momento histórico e a matriz politica e social dominante os diferencia, assim como a forma de luta: um usou a arma, outro o trivium e a diplomacia. Sobre os resultados da acção de Adriano Duarte Silva se tem hoje os portos do Mindelo e de S. Antão, e uma geração de homens e mulheres que honram a pátria cabo-verdiana, inclusive Amílcar Cabral. Ironia das ironias seria o Ministro que mandou demolir a casa de tão ilustre e resiliente cabo-verdiano tivesse estudado no Liceu Gil Eanes… que tivesse beneficiado do progresso que Adriano Duarte Silva lutou para Cabo Verde. |
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Não tenho muito para dizer;
tenho é muito que escutar em silêncio.
Aprendo com as cotovias que gritar é morrer
nas mãos do predador;
com as águias formo a minha alma
e do seu planar licencio-me na cadeira alimentar
mas o quero ser é a margem do rio,
do rio do Ancião dos Dias, o Kether
que desemboca no deserto levando pedacinhos de mim.
E das serpentes, oh céus! Fere-me a sua paciência
a sua paciência ruminar e plana
que briga com a astúcia da raposa e do lobo,
do lobo das terras sedentas e nuas
das cidades de betão,
o betão dos bárbaros engravatados:
«A gravata é uma arma, uma pele, uma garra
do predador licenciado a escravizar-me,
a comer-me as entranhas…»
— cogita o meu poeta; já aprendeu…
Não tenho muito para dizer;
o rio que me toca traz-me tudo, diz-me tudo
o que não em diz às outras margens que gritam
e leva-me até onde chega com a sua voz.
E o mundo grita, pois falando
ninguém o escuta.
Todos já aprenderam a ordem das coisas:
Se falas, esmiúçam-te a alma;
Se gritas, morres… como o Mundo.
E o mundo há-de desaguar no meu rio.
E eu, as margens do rio sem nome,
perdoarei todos, não oprimirei ninguém;
assim como não oprimo o meu rio e deixo-o passar,
deixo-o passar com pedacinhos de mim.
Pergunta-lhe! Eu respondo…
E sou a voz do Ancião dos Dias.
------ 2-10-2010
Virgílio Brandão
Imagem: O Ancião dos dias, William Blake
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