sexta-feira, 8 de maio de 2009

  • APROXIMA-TE…


Só tu, prisioneiro voluntário,
ouviste a canção ferenda,
as vozes de todos os sonhos-medos
para, em hora esparta, elevares urbe
– corvo de rio de gaivotas idas
e dares corpo ao opressor quinhentista.

Meio milénio de vozes, agora.
Eu: foste afortunado na infernal calmaria.
Para o meu povo ancestral, o dos grilhões,
deverias ter sido livre.

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