- BENEDICTUS XVI, BARACK OBAMA E A PALESTINA
Benedictus XVI, ao visitar a terra Santa e a cidade de Jerusalém, deixou uma mensagem subliminar de que Israel deveria permitia a existência de um Estado palestiano. Barack Obama, ao se encontrar com Benjamin Netanyanu, defende expressamente esta ideia: a coabitação do Estado de Israel com o Estado da Palestina. Imaginemos que Israel aceite esta ideia, que plasma a boa vontade e a ideia de que todos povos merecem ter a mater da sua pátria; sim, imaginemos que tal seja aceite pelo poder político (que é quase um suícidio político, note-se).
Uma questão emerge: será que os palestinianos estarão na disponibilidade de, verdadeiramente, viver em paz com os israelitas? Será que a ideia de «lançar Israel ao Mar» – como Nasser anunciou, e se pensou fazer com a Guerra dos Seis Dias – é coisa do passado, que a ideia não pode, a todo o momento, ser repristinada? Não creio, de tudo. É uma possibilidade latente, à espera de revelação.
Ademais, há que considerar que Israel dificilmente admitirá um Estado Palestiniano nas fronteira de Jerusalém, pois tal seria hipotecar o sonho profundo de de Moshe Dayan e dos israelitas de ver o Templo de Salomão erigido no seu local natural – na Mesquita de Omar, a Cupula do Rochedo. Para o cidadão comum, e até mesmo para um estratega político, o problema maior talvez seja a água (sim, isso mesmo!), mas não para Israel como povo – nem para políticos como, v.g., George W. Bush e Donal Rumsfeld. Não creio que Barack Obama e Benedictus XVI ignorem o problema maior da questão palestiana, mas mexer nela, na sua verdadeira essência (o plano religioso), é abrir uma guerra com efeitos imprevisíveis. E ninguém quer isso, mas também ninguém quer ficar calado e ver o conflito eternizar-se. São boas vontades, mas de circunstância, e para o Mundo ver – mas que, de forma alguma, irá resolver o problema palestinano.
Uma questão emerge: será que os palestinianos estarão na disponibilidade de, verdadeiramente, viver em paz com os israelitas? Será que a ideia de «lançar Israel ao Mar» – como Nasser anunciou, e se pensou fazer com a Guerra dos Seis Dias – é coisa do passado, que a ideia não pode, a todo o momento, ser repristinada? Não creio, de tudo. É uma possibilidade latente, à espera de revelação.
Ademais, há que considerar que Israel dificilmente admitirá um Estado Palestiniano nas fronteira de Jerusalém, pois tal seria hipotecar o sonho profundo de de Moshe Dayan e dos israelitas de ver o Templo de Salomão erigido no seu local natural – na Mesquita de Omar, a Cupula do Rochedo. Para o cidadão comum, e até mesmo para um estratega político, o problema maior talvez seja a água (sim, isso mesmo!), mas não para Israel como povo – nem para políticos como, v.g., George W. Bush e Donal Rumsfeld. Não creio que Barack Obama e Benedictus XVI ignorem o problema maior da questão palestiana, mas mexer nela, na sua verdadeira essência (o plano religioso), é abrir uma guerra com efeitos imprevisíveis. E ninguém quer isso, mas também ninguém quer ficar calado e ver o conflito eternizar-se. São boas vontades, mas de circunstância, e para o Mundo ver – mas que, de forma alguma, irá resolver o problema palestinano.
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Este é um problema de natureza das coisas, não uma mera questão política. Tenho para mim que somente quando Jerusalém se tornar, de facto, Património Comum da Humanidade – cidade inapropriável – é que o problema da Palestin terá solução. Permaneria o espetro da questão escatológica para o Mundo cristão, mas isso é de outra ordem, e sem as consequências dos conflitos armados permanentes.
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Imagem: Benedictus XVI beijando o chão do Santo Sepulcro em Jerusalém
Imagem: Benedictus XVI beijando o chão do Santo Sepulcro em Jerusalém
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