quarta-feira, 10 de setembro de 2008

  • AS ORIGENS DA MALDADE DE ADOLFO HITLER

Muitas vezes perguntamos: como foi possível existir um homem com tanta maldade e desrespeito pelo seu semelhante? «O homem é a soma de todas as coisas», dizia Protágoras; a soma de todas as coisas que vive, que experimenta, digo eu. Assim, também, foi Adolfo Hitler.

A vida de Adolfo Hitler permanece um aviso para a sociedade e a humanidade em geral; não conhecer as razões e/ou as origens do mal que viria a colocar sobre a humanidade é um erro. Mas a sua obra é proibida em muitos países, por isso não se conhece o seu pensamento nem se percebe o homem atrás do monstro e as razões (ainda que em parte) que e/ou causas que construíram o homem odioso.

A sua obra, Mein Kampf (A Minha Luta) revela-nos as origens do seu mal e que, por não atentarmos nessa realidade, vai construindo mais monstros, vai alimentando a monstruosidade entre a humanidade. Na primeira pessoa:

«Viena, la ciudad que para muchos simboliza la alegría y el medio-ambiente de gentes satisfechas, tienen sensiblemente para mí solo, el sello del recuerdo vivo de la época más amarga de mi vida.

Hoy mismo Viena me evoca tristes pensamientos. Cinco años de miseria y de calamidad encierra esa ciudad para mí, cinco largos años en cuyo transcurso trabajé primero como peón y luego como pequeño pintor para ganarme el miserable sustento diario, tan verdaderamente miserable que nunca alcanzaba a mitigar el hambre; el hambre, mi más fiel camarada que casi nunca me abandonaba, compartiendo conmigo inexorable, todas las circunstancias de la vida. Si compraba un libro, exigia ella su tributo; adquirir un billete para la Opera, significaba también días de privación. ¡Que constante era la lucha con tan despiadada compañera! Y sin embargo en esa época aprendí más que en todos los tiempos pasados. Mis libros me deleitaban. Leía mucho y concienzudamente en todas mis horas de descanso. Así pude en pocos años cimentar los fundamentos de una preparación intelectual de la cual hoy mismo me sirvo.

Pero hay algo más que todo esto: En aquellos tiempos me formé un concepto del mundo, concepto que constituyó la base granítica de mi proceder de aquella época. A mis experiencias y conocimientos adquiridos entonces, poco tuve que añadir después; nada fue necesario modificar. Por el contrario, hoy estoy firmemente convencido de que en general todas las ideas constructivas se manifiestan, en principio, ya en la juventud, si es que existen realmente» (Adolfo Hitler, Mein Kampf, II).

Este mesmo homem, como confessa no Mein Kampf, queria ser arquitecto, ansiava ser artista, abominava a ideia paterna de o tornar um funcionário público e acabou tendo um percurso traçado e confessado: «o caminho do poder é assinalado pela lei» (note-se que o Mein Kampf foi escrito em 1924 – período particularmente difícil para Hitler – na prisão de Landsberg, bem antes da ascensão ao poder em 1933) e consegue, legalmente, ascender ao poder.

É…, enquanto sociedade semeámos o nosso próprio mal e, não raras vezes, nem damos por isso. E semeia-se guetos por aí, indiscriminadamente, alimentando sabe-se lá o quê. Depois, ouço reacções ao mal causado por uma juventude sem horizontes e adultos empedernidos, não sabendo essa gente detentora do poder em nome dos cidadãos que luta contra si mesmo, que queixa-se dos seus próprios pecados – que vê o retorno das suas acções omissivas, da miséria estrutural que fomenta e, com ela, o mal como livre necessidade.

  • Imagem: Desenho de Adolf Hitler

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