- MONOLOGION RETRO
Tenho fome do futuro,
ou será vontade de comer a planura?
Oh, dá-me, dá-me bruma à mesa,
areia cevada de rosas, tinto de oiro…
e salve a puta, salve a puta-alma das sevícias dos anjos!
— e, quando tudo for são e puro como eles
não te esqueças de embrutecer-me.
— Madre! — grita o pobre que não pode ser doutor.
— Ai que doce! — geme o rico brincando de ti.
Esqueci-me de alguma coisa, Deus?
ou será vontade de comer a planura?
Oh, dá-me, dá-me bruma à mesa,
areia cevada de rosas, tinto de oiro…
e salve a puta, salve a puta-alma das sevícias dos anjos!
— e, quando tudo for são e puro como eles
não te esqueças de embrutecer-me.
— Madre! — grita o pobre que não pode ser doutor.
— Ai que doce! — geme o rico brincando de ti.
Esqueci-me de alguma coisa, Deus?
.
---- Imagem: H.R. Geiger
2 comentários:
Olá, Virgilio.
Passeando pelo teu sítio...perfeito!
Como é bonito o "Monologion Retro".
E como estou plenamente de acordo!!: A nossa pequenez é um escândalo.
Ah, publiquei seu poema no meu blog:
http://softvelvet.blogspot.com/
Un saludo.
¡Ten un buen domingo!
¡Gracias!
Domingo belo...
:-)
Enviar um comentário