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- A MORTE DO POETA
Acabo de saber que morreu o poeta Mário Fonseca, um homem com voz, que nunca se remeteu ao silêncio comprometedor. Da sua obra, há um poema que gosto em particular (publiquei-o aqui em Terra-Longe a 18 de Maio de 2009): Na Noite Longa, e que foi a primeira coisa de que me lembrei quando soube da sua morte, assim como das suas crónicas no Expresso das Ilhas e sou seguidor há muito. Mas não fiquei triste por ele, não. O poeta não gostaria, certamente.
Quando o poeta se encontra consigo mesmo, dizem os mortais que morre… Ah, ilusão! Os poetas não morrem, viajam para a maior aventura; a beleza necessária e fundadora de todas as coisas. Quando o poeta morre, deixa de ter fome do absoluto; volta ao ventre, ao ventre fecundador, e já é céu. Que o poeta não se cruze com Rimbaud, Whitman, Oscar Wilde, Byron… mas que agarre nos braços Virgílio e Dante e beba vinho Creta se não encontrar Nho Balta para beberem um grogue e falaram d’tempo de diazà. E que engula Shamayim, enfim.
Quando o poeta se encontra consigo mesmo, dizem os mortais que morre… Ah, ilusão! Os poetas não morrem, viajam para a maior aventura; a beleza necessária e fundadora de todas as coisas. Quando o poeta morre, deixa de ter fome do absoluto; volta ao ventre, ao ventre fecundador, e já é céu. Que o poeta não se cruze com Rimbaud, Whitman, Oscar Wilde, Byron… mas que agarre nos braços Virgílio e Dante e beba vinho Creta se não encontrar Nho Balta para beberem um grogue e falaram d’tempo de diazà. E que engula Shamayim, enfim.
Imagem: Mito Elias
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