quarta-feira, 9 de setembro de 2009

  • A ENTRE(VISTA) DA RTC A CARLOS VEIGA
O entrevistado esteve bem, seguro quanto baste. O Entrevistador esteve desastroso e claramente mal preparado para uma entevista desta natureza. Mas como é que se pergunta a um homem como Carlos Veiga se vai criar um «Estado novo» se ganhar as eleições? Uma coisa é um novo Estado (ou o Mundo Novo, como diz o Primeiro Ministro José Maria Neves) ou um Estado renovado, outra é o Estado Novo — com toda a carga política que a expressão transporta numa sociedade como a cabo-verdiana e um homem da geração do Carlos Veiga. O entrevistado percebeu essa gaffe jornalistica, e passou por cima dela com elegância (mas poderia ter cometido um erro, um lapsus linguae fatal).

Enfim, não é somente da nossa cachupa e da nossa morabeza com os estrangeiros que devemos curar, não; também o devemos fazer com outras coisas. A entrevista não trouxe nada de novo, nada que não se soubesse ou que não fosse previsível como resposta, e a culpa – tenho de o dizer – foi do entrevistador que quis ouvir mais a sua voz do que o entrevistado e perdendo tempo com o acessório, de forma recorrente. Eu — e certamente os demais ouvintes também — queria ouvir muitas coisas, ver esclarecida outras tantas, mas assim, assim é difícil. Não foi uma entrevista, foi uma mera (re)vista de Carlos Veiga e do que se tem dito nos últimos tempos e já se sabia. Uma oportunidade perdida. Home work! Home work! Home work

1 comentário:

Anónimo disse...

Trabadju?!Na, obrigadu :)