- O ESCANDALO DA PEQUENEZ
Como o poeta dói-me e cabeça e o universo — e não é por ter chegado às portas do paraíso ou ter lido os Lusíadas madrugada adentro, não. É fome do futuro. Ontem, por infelicidade, não cheguei ao Inferno em Oeiras, não disse mil vezes o que me vai na alma (Ó rosa de Jericó! O UNIVERSO ÉS TU) nem deixei de ver Deus agachar-se quando deveria lutar pela sua responsabilidade no Sudão, nas favelas (as de alma, inclusive) dos rios, das finisterras crioulas, dos consensos e das horas sem riso.
Dói-me a cabeça, e o universo. Como ontem, tenho fome, fome da planura: do futuro. E descubro que Deus é um banqueiro usurário que me pede para pagar o respirar e o sonhar. — «E não queiras ser poeta, pois pedir-te-ei o dízimo – avisa-me Ele. E só consigo ser gráfico, falar em línguas! A dita linguagem dos anjos:
— Look fellow… leave me alone! I do not pay taxes to live.
Mas pagaria, se o Banqueiro aceitasse as dores de cabeça e o universo como garantias hipotecárias. Mas já tem muito crédito mal parado, excesso de património... — diz-me. E tenho de ser gráfico!
E era isso que me assaltou a memória quando ouvia o debate de José Sócrates – Primeiro Ministro de Portugal, e Jerónimo Martins, Secretário-geral do Partido Comunista português: Fellatio de Andy Warol. A linguagem dos anjos, dito para o banqueiro usurário. Lembrei-me do mesmo ao trocar umas linhas com o confrade blogueiro Amílcar Tavares.
Deus não se escandaliza; a nossa pequenez sim... é um escândalo.
Imagem: Fellatio, Andy Warhol (1978)
Dói-me a cabeça, e o universo. Como ontem, tenho fome, fome da planura: do futuro. E descubro que Deus é um banqueiro usurário que me pede para pagar o respirar e o sonhar. — «E não queiras ser poeta, pois pedir-te-ei o dízimo – avisa-me Ele. E só consigo ser gráfico, falar em línguas! A dita linguagem dos anjos:
— Look fellow… leave me alone! I do not pay taxes to live.
Mas pagaria, se o Banqueiro aceitasse as dores de cabeça e o universo como garantias hipotecárias. Mas já tem muito crédito mal parado, excesso de património... — diz-me. E tenho de ser gráfico!
E era isso que me assaltou a memória quando ouvia o debate de José Sócrates – Primeiro Ministro de Portugal, e Jerónimo Martins, Secretário-geral do Partido Comunista português: Fellatio de Andy Warol. A linguagem dos anjos, dito para o banqueiro usurário. Lembrei-me do mesmo ao trocar umas linhas com o confrade blogueiro Amílcar Tavares.
Deus não se escandaliza; a nossa pequenez sim... é um escândalo.
Imagem: Fellatio, Andy Warhol (1978)
6 comentários:
Porra teria sido mais do que suficiente...
:)
Joshua...
é bom saber-te aí!
Sim, mas o suficiente não chega, pois não?
:-)
Oi Virgílio,
Que "ESSA ROSA DE JERICÓ" - ainda tenha o condão de (conforme se dizia, em tempos,) transformar energias negativas em positivas e, com isso te faça desaparecer "toda e qualquer dor de cabeça".
PS: - Apreciei o poema"ACHADA DE SONHOS".
Aliás, já te confessei que adoro a tua POESIA.
Resto de bom domingo.
Anita
Oh Anita!, gracias por gostar dos meus versos.
Ai as dores de cabeças!, nem tudo o que parece é, creia-me.
Beijos e uma uma bela semana.
VB
Olha a Nita toda catita! E então? Houve verão este ano ou nem por isso?
Olá Joninhas,
No meu calendário sempre houve Verão.
E este ano foi, para mim, um VERÃOOOOOOOOO ... MARAVILHOSÍSSIMO.
E tu? Que tal? Sempre com as "tuas acrobacias aquáticas "?
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