- À MEMÓRIA DE EUGÉNIO TAVARES
Ao chão a lira de oiro. Ah! do cisne mavioso
Nunca mais se ouvirá o canto melodioso …
Aos páramos do Além para sempre se alou!
Sim, da Imortalidade, o pórtico radioso,
Ei-lo transpondo, enfim, no derradeiro voo…
Não morreu o teu sol, ó Brava! Transmontou
Para seguir noutro céu mais vivo e esplendoroso!
Nunca mais se ouvirá aquela voz sublime
Cantando o Amor e o Bem e profilando o crime
Com o ardor de Jesus e a coragem de Anteu!
Ó Brava, nunca mais! Mas no tempo da História,
Em áureo pedestal erguido, à luz da Glória,
Eterno viverá o teu Divino Orfeu!"
----- Pedro Cardoso
Imagem: Ninfas encontrando a cabeça de Orféu, John Williams Waterhouse
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