quinta-feira, 15 de outubro de 2009

  • RES SCIENTIARIUM

    Sou todos os oráculos do Mundo!
    E que importa ser a hora,
    se o que sonhas te mata a cada segundo?
    Porque não és, ser e hora?

    Sou todos os Quixotes
    do universo, só há um que não sou
    — sorri para mim, todas as manhãs…
    Estou para quebrar o espelho!

    Sancho chega de férias,
    talvez hoje, na encosta da bruma
    que traz o Cristo martelado de Lua
    — p’ro espelho, meu uso

    e a foice a que não escaparei.

    Sou, afinal, o meão de Deus!
    E quero o contrário!
    Sim, disso e de tudo!
    Justo seria se Ele me adorasse…
    Sou e serei, como já fui estrela e rosa,
    todas as coisas dos mundos!

    Pergunta a Siddhartha, a Lavoisier,
    ao próprio ICTUS
    — a todas as achadas que te emergem
    se eu não estou inscrito nas coisas
    desde a fundação de ti.

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