quarta-feira, 23 de abril de 2008

Odalisque, Jules Joseph Lefebvre

Ignoti nulla cupido.
Göethe

NATURE DES SACHE

Escutava,
a modos de negro Werther,
um menino que conheci em Mindelo:
«No dia em que Shidhartha se iluminou,
teve mil orgasmos
e esgotou-se de sonhos.
Eu, caminho à sombra da lua,
na epiderme do desejo,
na roça cunnus de mel
e nos silêncios ofegantes:
– quero sonhar,
tatear alma solar,
rasgar de mãos o horizonte
e depois, depois
continuar a existir depois de mim…»

2 comentários:

Anónimo disse...

gosto muito de visitar o seu blog Dr.virgilio, esse texto lindo que parece que faz um resumo completo de um plano que eu fiz para o meu amor .cd

Anónimo disse...

Anónimo(a) das 22.20,

Então, não pode deixar de cumprir com o seu plano.

Plano é propósito e propósito realiza-se, não se deixa atrás. Serão, certamente, felizes.

Este blog é para ser amado, ignorado, odiado..., etc. - mas fico feliz com o "gostar". Em especial se é o meu poema.