sábado, 12 de abril de 2008


  • Noite escura. Não estou aqui; não existo, não. Será mesmo assim?

6 comentários:

Anónimo disse...

PARA MIM EXISTES.E CONSEGUISTE ME FAZER SENTIR ALGO Q HA MUITO NAO SENTIA.UM SUPER BEIJO PARA TI VERGILIO.OBRIGADO.HUM XAU FUI.

Anónimo disse...

Sra. Lua,
isto é uma reflexão sobre o pensamento de Newton, Kepler e Leonardo da Vinci sobre a luz (e a energia), sobre esta minha condição de “negro” no Mundo.

Bem, logo que tiver um tempinho livre explanarei isso de forma perceptível ou em leitura clara.

Dia bom, e – não esquecer: “life goes on”, sempre!

Unknown disse...

Pensas (e muito), logo existes (e bem). Portanto, bem-hajas! Abraço JB

Virgilio Brandao disse...

É, João, há que ir cogitando. Mas, como disse Hegel (em crítica a Descartes), "uma coisa é o pensar e outra é o existir".

Mas há que existir, sim. De preferência com prazer (o bem-existir).

Gracias,

Abraço farterno

Anónimo disse...

Bom, João e Virgílio eu prefiro esta:
“Não é porque eu penso ser que estou certo de existir, mas, ao contrário, a certeza que tenho de meus pensamentos deriva de sua existência efectiva. Meu amor, minha raiva, minha vontade não estão certos enquanto simples pensamento de amor, de odiar ou de querer, mas ao contrário, toda certeza desses pensamentos provém da certeza dos actos de amor, de raiva ou vontade, dos quais estou seguro porque eu os faço” (Maurice Merleau-Ponty in Fenomenologia da percepção).
Ou esta, também do Merleau-Ponty:
“O mundo é, não aquilo que eu penso, mas aquilo que eu vivo”(idem).
É a proposta fenomenológica de Maurice Merleau-Ponty destronando a máxima filosófica de René Descartes.
Bzot fca dret.
Abraços!
Ruben.

Virgilio Brandao disse...

Ruben, falando tu de Merleau-Ponty e desse seu realismo ou objectivismo relacional, lembrei-me daquela anedota – dita como tal mas que aconteceu na realidade – sobre Berkeley e a sua teoria em torno da percepção e a existência.

Uns pensadores jocosos tentavam contrariar a sua teoria das “mónadas” e da sua máxima “esse est percipi” (ser é ser percebido) e desejam mostra-lhe, de forma empírica, o seu “erro”.

– Dá um pontapé na pedra, pediram-lhe.

E, dando um pontapé na pedra, gritou de dor.

– Vês, ela existe – disseram, satisfeitos com a sua "demonstração".

Ao que Berkeley respondeu:

– Sim, existe porque me “apercebo” dela.

Sim, gosto de Merleau-Ponty – talvez porque os primeiros filósofos pelos quais me interessei foram Berkeley e Protágoras (o homem é a soma de todas as coisas – dizia) – que retoma, em essência, o pensamento de Berkeley.

Obrigado. Trouxeste-me boas memórias.

Mas – cá estou eu com o mas… – o mundo também não é bem “aquilo que eu vivo” do ponto de vista subjectivo; não. Será “aquilo que eu vivo” – necessariamente, mas não “o que eu vivo”; parece-me… É uma ambição, boa – mas uma ambição; se “o que eu vivo” for objectivamente bom, será boa.

Abraço fraterno