quarta-feira, 23 de abril de 2008

Sleep, Francisco de Goya
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  • DROGA, CHEGA!

Quando é que os políticos cabo-verdianos irão entender que tráfico de droga e política são coisas que não andam nem podem andar de mãos dadas e que essa possibilidade nem é (não deveria ser) cogitável de todo?

As eleições ganham-se com ideias e projectos, não com com supeitas que lancem o opróbrio social sobre os concorrentes (não, não são adversários) aos lugares de representação do povo.

Já é tempo do Procurador Geral da República (PGR) chamar quem lança as suspeitas para esclarecer o que tem a esclarecer – se razão tiver, que mostre as provas; agora, de período em período leitoral, falar-se de ligações ao tráfico de políticos é coisa insustentável: para os visados e para a nação cabo-verdiana.

É tempo de dizer chega! Quem tem provas, que os mostre; ou então, que se cale para sempre. Quero saber – eu e todos os cidadãos cabo-verdianos desejamos, certamente, saber – onde estão os inquéritos criminais sobre estas matérias.«Não desprezes a cobra por não ter asas, porque quem é capaz de dizer se um dia não se tornará num dragão?» - diz o sábio
anexim chinês. De atentar, pois estamos perante suspeitas gravosas e que atentam contra valores fundamentais do Estado de Direito. E a República não “pode dormir na forma”...

Doa a quem doer, há que saber o que se passa. Merecemos respeito dos políticos e dos vigias da legalidade – mentir ao povo ou não fazer nada para lhe revelar a verdade é anestisiar a Democracia. Droga, basta!

Espero que os mimos e conflitos que se verificam em torno das questões laterais – como uma clara jurisdicilização da política (perigo para que tenho avisado há muito tempo) – não seja motivo para que os candidatos não venham a público, nomeadamente na Televisão e Rádio nacionais, discurtir os seus projectos. A ver vamos. Há que ter atenção: o povo não é um rebanho de ovelhas, não.

2 comentários:

Anónimo disse...

Droga,Chega! "Quem tem provas que os mostre,ou então que se cale para sempre." concordo plenamente Dr.virgilio , porque na minha opinião quem tem conhecimento deste acto vergonhoso, quem tem provas que as apresente porque senão essa pessoa tambèm faz parte da equipa, o problema è o medo do "face to face" ...eu gostaria de ver os politicos a confrontarem-se uns com os outros na ràdio ,televisao, eu acredito que este gesto ajudarà muitos dos nossos cidadãos, principalmente nas èpocas eleitorais, por exemplo se formos perguntar a um individuo estàs a favor de quem ele responderà com certeza e quando pedimos uma justificação do porquê da escolha do politico x e nao y ,ele nao saberà justicar...aì è k estamos a ser como ovelhas,(essa forma de ir para o pùblico com debates na televisao,radio, ajudarà muitos a nao ir no que a colega diz mas sim o propio saberà se conduzir ...)a ir na marè, como dizia o meu grande amigo temos k ser como a truta ,lutar contra a marè ou seja queremos ver o nosso pais melhor entao temos k lutar...

Anónimo disse...

Marisa,
Muitas vezes o que se passa é que as pessoas não têm provas – mas supeitam. Isso não chega, nem nunca deve chegar. Mas também não poder apresentar prova(s) não faz as pesssoas “parte da equipa”.

Não raras vezes, quanto se instrumentaliza o sistema judicial (prática infeliz em grande parte do Mundo), o que se diz ou se pensa é: “vamos avançar com uma queixa e ver no que dá. Alguma coisa há de aparecer.”

Nessas circunstâncias é-se, verdadeiramente, “truta”: luta-se contra uma corrente de destruição e com redes armadilhadas à espera. Isso, infelizmente, é prática corrente; basta ter-se a possibilidade de influenciar o sistema. E, ao contrário do que se pensa, tal acontece mais por força de relações pessoais que de influências de instituições.

Temos de ser mais exigentes (sejam onde for que estivermos) na qualidade dos projectos apresentados pelos políticos; afinal, o poder é nosso – só lhes é entregue para gerir durante um tempo.

O silêncio – em qualquer circunstância - não quer dizer que se concorda com X, Y, Z ou que se está mal; quer dizer isso: silêncio. É quando temos a oportunidade de ouvir o que Deus, a vida e os outros têm a dizer (a boca aberta não nos deixa escutar; fechada, dá lugar ao ouvir).

E, creia-me: dias melhores virão para todos – para nós diasporizados e para a nossa terra.

Aparece sempre! Terra-Longe é para todos, pois é o mais perto que estamos do nosso longe.