- MOMENTO DE TERROR NO BRAZIL
Estive uns dias no Brasil a tratar de assuntos profissionais e percebi muitas coisas que até então não tinha a percepção correcta. Uma delas é que o país não é tão violento como se apregoa e que os brasileiros olham para os portugueses (não é o meu caso) como estes os vêm: burrinhos. Um portuga no Brasil tem o mesmo estatuto que um alentejano em Portugal. Achei graça, quer porque nenhuma dessas ideias preconceituosas constituem verdade quer porque sou cabo-verdiano (a minha dicção atraiçoou-me e acabei com o injusto rótulo de portuga...).
A minha graça desapareceu quando percebi que bastava abrir a boca para as coisas ficarem mais caras (na livraria do Aeroporto Tom Jobim/Galeão do Rio de Janeiro uma bela e esperta livreira quis receber euros como pagamento e dar-me o troco em reais sem fazer a devida conversão. Noutra ocasião, era bem capaz de passar por burrinho; tão bela que era a mulatinha...). Tirando esta excepção do Aeroporto, sorria, pedia a nota fiscal descriminada e guardava-a – quando saí do país mandei-as para a Fazenda Pública com a nota informativa adequada...
Agruras de estrangeiro e a que estou habituado. O que me deixou surpreso e por momentos aterrorizado foi outra coisa. Na pressa de ir para o escritório de um colega esqueci do meu computador portátil e tive de utilizar um do escritório gentilmente colocado à minha disposição.
Estávamos sobre a pressão do cumprimento de um prazo e, de repente, depois de abrir um documento guardado na minha pen drive, entrei em pânico. O teclado, com o trema e muitas teclas nos lugares errados (na verdade não habituais à minha percepção) era quase chinês para mim e dificultava em extermo o meu trabalho. O tempo corria contra nós e foi com muita calma e paciência que consegui descodificar o teclado...
Tive de voltar ao meu teclado de português lusitano e – sinceramente – dei hossanas a Deus por ter levado o meu computador portátil. Foi um momento de terror! Espero que o futuro Acordo Ortográfico não me venha a colocar, outra vez, nessa situação.
A minha graça desapareceu quando percebi que bastava abrir a boca para as coisas ficarem mais caras (na livraria do Aeroporto Tom Jobim/Galeão do Rio de Janeiro uma bela e esperta livreira quis receber euros como pagamento e dar-me o troco em reais sem fazer a devida conversão. Noutra ocasião, era bem capaz de passar por burrinho; tão bela que era a mulatinha...). Tirando esta excepção do Aeroporto, sorria, pedia a nota fiscal descriminada e guardava-a – quando saí do país mandei-as para a Fazenda Pública com a nota informativa adequada...
Agruras de estrangeiro e a que estou habituado. O que me deixou surpreso e por momentos aterrorizado foi outra coisa. Na pressa de ir para o escritório de um colega esqueci do meu computador portátil e tive de utilizar um do escritório gentilmente colocado à minha disposição.
Estávamos sobre a pressão do cumprimento de um prazo e, de repente, depois de abrir um documento guardado na minha pen drive, entrei em pânico. O teclado, com o trema e muitas teclas nos lugares errados (na verdade não habituais à minha percepção) era quase chinês para mim e dificultava em extermo o meu trabalho. O tempo corria contra nós e foi com muita calma e paciência que consegui descodificar o teclado...
Tive de voltar ao meu teclado de português lusitano e – sinceramente – dei hossanas a Deus por ter levado o meu computador portátil. Foi um momento de terror! Espero que o futuro Acordo Ortográfico não me venha a colocar, outra vez, nessa situação.