domingo, 22 de junho de 2008

  • SONETO DO AMOR TOTAL
Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Vinicius de Moraes

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  • Foto: Eu, Virgílio Brandão, em Lisboa. © Emílio Borges

2 comentários:

Anónimo disse...

Andando a pairar, aterrei no seu blogue. Às vezes somos presenteados desta forma generosa: um lugar de cultura, amor à palavra e à liberdade de SER. Prometo voltar para me demorar mais tempo nesta "cidade" tão apelativa.

Anónimo disse...

Genebra,
obrigado pela suas palavras, elas sim generosas.

Volte sempre, e venha de mão dada com a sua alma.

Abraço fraterno