quinta-feira, 26 de junho de 2008

  • MOMENTOS FELIZES SEM A FELICIDADE PRIMEIRA

Há cinco dias que penso num problema e procuro, qual mineiro do pensamento, a sua solução – andava a pairar por aí, algures; apareceram-me quatro soluções possíveis, mas todas frágeis, desadequadas como legionário sem sandálias.

Até há pouco. Encontrou-me fumando um cigarrillo negro e espreitando o céu à procura de uma estrela. Apareceu, como um orgasmo de novidade experimentada, como um fogo consumidor e abrigou-se em mim a modo de epithalamium de nós.

Ah!, nem todos os prazeres, assim como nem todas as coisas deleitosas, convêm à toda espécie de pessoas. É que, na verdade, existe uma espécie de princípio de Peter, uma desigualdade natural, na curva da alma. Há momentos assim, sim...

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