sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

  • DEMOCRACIA, D. DULCINEIA E CUNEGUNDES

    A propósito da minha pátria, pergunto: será que sabemos que a democracia é um dado de cultura, um produto de cultura? Por vezes, ao ouvir alguns discursos políticos, espanto-me e penso que não – que estamos à deriva no plano histórico, que o passado é uma esponja que drena o nosso futuro. Ó Deus – deuses da gaia ciência, para os ateus e agnósticos – dê-nos substância, substância! E pão, e trabalho, e cultura, cultura democrática… já agora.

    A democracia cabo-verdiana é vista com os olhos de D. Quixote por uns, e com os de Cândido por outros – uns logram ver Dona Dulcineia del Toboso e outros a baronete Cunegundes. Perspectivas pragmáticas, ou cultura?

    Imagem: Salvador Dali - Dona Dulcineia (1981)

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