sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

  • A MOÇÃO DE CONFIANÇA DE JOSE MARIA NEVES
Ouvi o debate sobre a Moção de Confiança na Assembleia Nacional...

A essencia da questão ficou por ser tratata em termos práticos; ficou-se muito longe das últimas consequências: a ética política exigia que os deputados e o Governo se colocassem à disposição da Procuradoria Geral da República para esclarecer o que ouver para esclarecer. Pensei que o MPD usa-se a bomba atómica desta questão; que fosse a sua estratégia colocar o Primeiro Ministro, o Governo e os deputados em geral, perante um dilema ético em que Jorge Santos só teria a ganhar, fosse qual fosse o desfecho da dicussão da Moção de Confiança. Enganei-me, neste aspecto; não no que já tenho dito: falta estratégia.

Hoje, o MPD perdeu a oportunidade de colocar o Governo à beira da queda política. Pensei, sim... que a não apresentação de uma Moção de Censura pelo MPD fosse estratégia, que fosse uma forma de resguardar-se do odioso de provocar a queda do Governo. Estava, confesso, sinceramente errado. E não fico infeliz com isso; o povo de Cabo Verde, que ouviu e viu o debate, também não.

Jorge Santos não conseguiu, no plano político, demonstrar as suas suspeições sobre o Primeiro Ministro José Maria Neves. José Brito, Ministro dos Negócios Estrangeiros, conseguiu safar-se à uma questão incomóda do deputado Rui Figueiredo – o deputado da bancada do MPD, neste debate parlamentar, com o discurso mais articulado e com serenidade de líder. Se retórica é fosse condição bastante, seria de dizer que – caso o PAICV venha a ganhar as próximas leição legislativas – o próximo Primeiro Ministro do país pode muito bem vir a ser uma mulher...
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Ouve momentos em que gostei de ouvir o António Monteiro, Presidente da UCID.

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