.
- HUMANA CONDITIO
# 5. A CORRUPÇÃO
1. O nosso tempo histórico não é, de todo, o que vivemos. Vivemos num tempo convencional… Grenwich, calendário Juliano… o homem do futuro. A 31 de Dezembro, foi acrescentado (?) um segundo à minha existência – cronológica, espero. Todas as convenções do mundo não mudam a natureza das coisas; assim como todos os consensos políticos partidários e/ou parlamentares não tornam o ilegal em legal – disso, ao menos, podemos estar certos. Todo o povo pode achar que está «tudo legal», mas não – nem com o carnaval antecipado. A corrupção subversiva dos valores é o pior dos males.
Mas porque será que pensámos sempre em dinheiro quando a ideia de corrupção emerge? A degradação dos valores sociais, políticos, familiares, éticos, morais, pessoais… – em nome de ideias pragmáticas e conjunturais de bem –, não é, em si mesma, corrupção destes valores?
2. Não percebi, ainda, como e porquê juízes que já foram Conselheiros no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de Cabo Verde foram ultrapassados no concurso para aceder ao STJ por juízes de 2ª. classe (categoria profissional). Existe, certamente, uma razão para isso. Mas, de momento, não consigo descortinar qual terá sido. Mas isso sou eu, que tenho esta mania de tentar perceber a razão de ser das coisas.
3. O provincianismo intelectual, a ânsia de reconhecimento pelo burgo alastra-se como um vírus capital – diz-me o meu poeta. Onde estás, Calisto Elói…onde estás? Bem que podes gritar do Morgadio de Agra de Freires ou dos passos perdidos da capital:
Mas porque será que pensámos sempre em dinheiro quando a ideia de corrupção emerge? A degradação dos valores sociais, políticos, familiares, éticos, morais, pessoais… – em nome de ideias pragmáticas e conjunturais de bem –, não é, em si mesma, corrupção destes valores?
2. Não percebi, ainda, como e porquê juízes que já foram Conselheiros no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de Cabo Verde foram ultrapassados no concurso para aceder ao STJ por juízes de 2ª. classe (categoria profissional). Existe, certamente, uma razão para isso. Mas, de momento, não consigo descortinar qual terá sido. Mas isso sou eu, que tenho esta mania de tentar perceber a razão de ser das coisas.
3. O provincianismo intelectual, a ânsia de reconhecimento pelo burgo alastra-se como um vírus capital – diz-me o meu poeta. Onde estás, Calisto Elói…onde estás? Bem que podes gritar do Morgadio de Agra de Freires ou dos passos perdidos da capital:
.
– «Olhai para mim!, apreendei de mim que sou manso e humilde de coração.»
.
Ninguém te ouvirá, Morgado, pois todos somos tu. Não por querer, Calisto Elói, não por querer… mas porque, caro Morgado, parece ser a forma necessária de resistência.
4. A mentalidade não se reforma; nunca. A natureza humana não pode, também, ser mudada; mas, pode, sim, ser reparada, melhorada. Mas, por onde andará a oficina, a verdadeira? Quero, exijo um franchising! De Deus e dos homens. Conheci um draculino Frankenstein e se chamava amigo; amante da raiz de todos os males.
4. A mentalidade não se reforma; nunca. A natureza humana não pode, também, ser mudada; mas, pode, sim, ser reparada, melhorada. Mas, por onde andará a oficina, a verdadeira? Quero, exijo um franchising! De Deus e dos homens. Conheci um draculino Frankenstein e se chamava amigo; amante da raiz de todos os males.
1 comentário:
Ja li o seu excelente parecer juridico no Liberal! Mas eu diria que é extemporâneo, pois NO QUE ME DIZ RESPEITO mal saiu a noticia eu reagi a quente. Outros se me seguiram.
E' assim hoje em dia; o tempo nao existe para termos que nos debruçarmo-nos sobre as nossas sebentas e manuais para preparar um parecer como o Viriglio faz. O Virgilio tem de passar a reagir a quente como eu faço!
Tanto mais que nao disse nada de especial que qualquer homem minimamente formado e sensato nao tenha dito; apenas diferenciou-se no aspecto técnico que tem a ver com a sua formaçao juridica, mas mais nada; e nao interessa, porque um jornal ou um blogue, nao sao para especialistas mas para a opiniao publica mais ou menos informada e formada.
Reparei que fez um esforço de compreensao da teoria juridico-constitucional de Montesquieu no tocante ao "cindir" em dois do poder judicial:politico e administrativo. Fez progressos em relaçao ao que dizia ha tempos no Liberal de que havia um "poder judicial" em França, quando o que ha na realidade e constitucionalmente falando é "autoridade judicial".
Mas vejo que ainda continua a repetir a falacia que grandes especialistas de direito repetem em relaçao a Montesquieu e que tem a ver com a sua "separaçao de poderes".
Ora bem, Montesquieu nunca escreveu em lado nenhum "separaçao" de poderes. O que Montesquieu escreveu é "interdependência", e houve um comentarista apressado qualquer que traduziu isso por "separaçao" e entrou nos canônes. Mas é errado, ou simplesmente uma interpretaçao.
Enfim, MI Virgilio, você pode nao publicar esta minha reacçao como fez com comentarios meus anteriores, mas nao é o que me acalenta; o que me interessa é que sei que a mensagem passou e que foi lida por vexa!
Por isso mesmo digo-lhe que os seus pareceres técnicos nao me deixam a babar porque a linguagem técnica qualquer um pode ir ver num dicionario apropriado. O que me interessa é a compreensao global das coisas que nao é o direito que faz autoridade, mas sim a filosofia e a cultura gerais.
Por exemplo em matéria de cultura de base, vejo que o MI continua a repetir uma asneira que captou pelos ouvidos e que vai repetindo:"talho de foice". Nao é a primeira vez que comete o erro, pelo que depreendo que nao conhece a expressao que ouviu mal de ouvido. O correcto é talhe de foice.. talhe...talhe...talhe!....
Al BINDA
Enviar um comentário