- POLITICA AMBIENTAL E COOPERAÇÃO
Facto: Portugal tem uma política ambiental desastrosa – isso para não dizer que não tem politica ambiental. Este Governo, de José Sócrates, tem feito algum esforço, mas insuficiente. A área ambiental – nomeadamente dos engenheiros do ambiente (que são aqueles que se encontram qualificados a fazer os estudos de impacto ambiental) – é aquela, ao nível dos licenciados, em que se verifica um dos maiores níveis de desemprego no país. A razão? A maioria dos trabalhos que estes deveriam fazer são entregues a um pequeno grupo que controla quase tudo – é um nicho de mercado para alguns que fazem o que o poder político –, desde o central ao local. Estes fazem o que o poder quer, não o que devem ou deveriam fazer, objectivamente. Uma «escola» a evitar.
Portugal é, por isso e muito mais, um monumental desastre em termos ambientais. Basta viver-se em Portugal – mesmo sendo um cidadão pouco informado – para se perceber isso. Não há muito que aprender – pois a «experiência» portuguesa é tudo menos um bom exemplo. Mas, como diz o povo, «a cavalo dado não se olha o dente». Mas há que ter consciência do cavalo que se recebe… e não será, de todo, um puro sangue lusitano mas sim um sofrido rocinante.
"A administração do ambiente em Cabo Verde é ainda relativamente frágil e este sector dos estudos de impacto ambiental é muito importante por causa do desenvolvimento da economia, nomeadamente nos projectos turísticos, que obrigam a compatibilizar o desenvolvimento económico com o ambiente" – diz o Ministro do Ambiente luso. É verdade. Mas qual é o interesse luso nesta matéria? O interesse objectivo? «Não há almoços grátis…»
A parte irónica desta história é que existem engenheiros ambientais cabo-verdianos desempregados… também. Mas o que dizer? A história é, por vezes, um velho gagá perseguido pelos pais e avôs. Os filhos, estes… ficam desertados. Haja paciência!
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