terça-feira, 24 de novembro de 2009

  • ORÇA MENTES POLITICAS

    Orçando a minha mente, concluo: sou masoquista! Sim, masoquista. Porquê? – pergunta-me-á. Simples: consegui ouvir a discussão parlamentar na Assembleia Nacional, mais uma vez. Agora tenho de concluir, também e sem prazer, uma outra coisa simples: em substância não me revejo neste Parlamento. É demasiado pobre, truculento, demagógico, tributário e destituído de ideias.

    A contribuição para a democracia cabo-verdiana é desastrosa, quase nula na substância e prova que vivemos num deserto democrático ao nível parlamentar e se salva o Governo – não por méritos próprios mas por demérito parlamentar. E é lamentável ver o Primeiro Ministro José Maria Neves – que deve(ria) ter um discurso de Estado – seguir essa linha demagógica (o discurso final parece te sido afectado pela crispação parlamentar). Qual é o parâmetro ideológico que se contrapõe à democracia, e que o Primeiro Ministro se referiu? Dá que pensar…

    Não posso crer que o não tenha percebido o discurso de Carlos Veiga. É preciso uma revolução, do discurso e da postura parlamentar – e não só. O Orçamento Geral do Estado, como documento para o futuro, não foi devidamente escrutinado, mas deu para orçar algumas mentes – sim, para isso deu.

    E lembro-me do sonho de S. Jerónimo. Sim, do sonho de S. Jerónimo!

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