- DRY MARTINI… SECA DE NOITE
Estou a trabalhar, apetece-me um Manhattan sweet straight up – com Makers Mark ou Jack Daniels e um toque de angostura Bitter. Ah, uma multidão de beijos, também... Mas não dá –estou a trabalhar. Para não ser acusado de só aconselhar livros e de gostar demasiado da natureza, aconselho um outro prazer. Pode ser este: a classic martini.
Assim, quando for beber um ou dois martinis, seja ele um dry martini (se gostar de gin, peça com Bombay) ou uma vodka martini, deixe-me dar-lhe dois conselhos:
1. Peça sempre straight up – mexido mas not shaked, É que se for batido no shaker o gelo dilata e a sua bebida fica com sabor a água, perdendo parte substancial do sabor. O old James Bond sabia porque o pedia assim… pois claro! Se gosta da bebida fresca, certifica-se de que o glass é previamente refrescado e que a bebida não fique muito tempo em contacto com o gelo.
2. Peça ao barman, de preferência, uma cebolinha para o martini – se o estabelecimento tiver, é porque está, em princípio, num sítio de qualidade. Caso não haja cebolinha, virá, necessariamente, com uma azeitona. Mas atenção: uma azeitona de martini – não uma recheada. Se for desta, manda a bebida para trás! A azeitona recheada (como a que está na imagem) é para uso culinário e boa para churrascos, mas se beber o martini com ela fica(rá) com o sabor a pimento ou algo análogo na boca. Não é essa a ideia que terá de um dry ou um vodka martini, pois não?
– Ah, mas isso é nove horas a mais para uma bebida… – dir-me-á. Talvez… mas eu gosto de conhecer os meus prazeres e apreciá-los. E quem os serve deve saber como servi-los, não é?
- Imagem: Vodka martini em copo quente e azeitona recheada…
4 comentários:
Bom gosto!
É esta a hora desse martini?
:)
Merci, Jessica.
Pode ser, para isso todas as horas sao boas. Scott Fitzgerald, por exemplo, quando andava a escrever «Tender is the Night» e «The Great Gatsby», bebia-o a toda a hora, inclusive de manha (pudera... com a Zelda por perto, onde começavam e acabavam os dias e as noites?).
:-)
Acho que não acabavam. Continuavam de forma interminável, por serem ternurentas. Basta querer, não?
Ás vezes, Jessica... às vezes. Querer é uma coisa extraordinária, rara até. :-)
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